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Líder da oposição na Venezuela diz contar com ajuda de Lula para eventual transição de governo

Eleições no país vizinho acontecerão no fim deste mês

Líder da oposição na Venezuela diz contar com ajuda de Lula para eventual transição de governo
Líder da oposição na Venezuela diz contar com ajuda de Lula para eventual transição de governo
Maria Corina Machado, uma das lideranças da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela. Foto: Federico Parra/AFP
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María Corina Machado, líder da oposição na Venezuela, afirmou que o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode “ajudar muitíssimo” durante o processo eleitoral em seu país e convencer Nicolás Maduro a fazer uma transição de governo pacífica, caso o atual mandatário saia derrotado das eleições que serão realizadas no fim do mês. 

“Ele tem comunicação direta com Nicolás Maduro, o que outros presidentes não têm. Lula tem feito declarações recentes muito importantes e valiosas”, disse ela em entrevista ao jornal O Globo. 

Corina ainda afirmou que Maduro está cada vez mais isolado de outros chefes de Estado e que a única saída para o presidente seria garantir eleições livres. 

“Estamos dispostos a negociar seriamente uma transição, como está acontecendo com muitos setores do chavismo que começam a se aproximar. E estamos dando garantias de que haverá uma transição ordenada, justa e que não teremos uma polícia de vingança ou revanche”, apontou.

Críticas ao processo eleitoral

Corina foi escolhida nas prévias dos partidos para representar a oposição na disputa à Presidência contra Maduro. No entanto, em junho de 2023, a Controladoria-Geral e a Justiça, sob controle de Maduro, inabilitaram a opositora para ocupar cargos públicos por 15 anos. A oposição indicou então Edmundo González para substituí-la. 

A líder acusa do atual presidente de interferência eleitoral e de criar obstáculos para que os cidadãos votem. 

Ela afirma que o governo tenta impedir a candidatura da representante escolhida pela oposição nas urnas em votações primárias e de não permitir a habilitação eleitoral de jovens e venezuelanos no exterior. Segundo ela, cerca de 40% dos eleitores do País não poderão depositar seus votos. 

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