Líder da oposição a Maduro agradece a Lula por declarações sobre a eleição na Venezuela

María Corina Machado instou a comunidade internacional a pressionar pela candidatura de sua substituta, Corina Yoris

Maria Corina Machado, uma das lideranças da oposição a Nicolás Maduro na Venezuela. Foto: Federico Parra/AFP

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A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, declarada inelegível para a disputa presidencial de 28 de julho, agradeceu a lideranças regionais como o presidente Lula (PT), mas instou a comunidade internacional a pressionar pela candidatura de sua substituta, Corina Yoris, que não conseguiu se increver.

Machado, que mesmo inabilitada venceu com folga as primárias da oposição, designou Corina Yoris, de 80 anos, como sua representante no pleito.

Yoris, no entanto, não conseguiu se registrar, por razões ainda não explicadas pelas autoridades eleitorais, e a oposição acabou por inscrever ao menos provisoriamente o embaixador Edmundo González Urrutia.

“Faço um apelo para que os líderes democráticos do mundo se unam aos esforços de presidentes e governos em exigir ao regime de Maduro que permita a inscrição de Corina Yoris como candidata nas próximas eleições presidenciais”, declarou Machado nas redes sociais.

“Agradeço aos presidentes Emmanuel Macron, Luiz Inácio Lula da Silva e Gustavo Petro por suas posições nas últimas horas, que reafirmam que nossa luta é justa e democrática.”

Na última quinta-feira 28, Lula classificou como “grave” o fato de que Yoris não conseguiu registrar sua candidatura.


“Eu fiquei surpreso com a decisão. Primeiro a decisão boa, da candidata que foi proibida de ser candidata pela Justiça [Corina Machado], de indicar uma sucessora [Yoris]. Achei um passo importante. Agora, é grave que a candidata não possa ter sido registrada”, disse Lula. “Ela não foi proibida pela Justiça.”

Na terça 26, o Ministério das Relações Exteriores afirmou acompanhar com “expectativa e preocupação” o processo eleitoral na Venezuela e avaliou que o impedimento à candidatura de Yoris “não foi, até o momento, objeto de qualquer explicação oficial”.

Horas depois, o chanceler venezuelano, Yvan Gil, publicou uma nota de repúdio ao comunicado, classificado por ele de “cinzento e intervencionista, redigido por funcionários da chancelaria brasileira, que parece ter sido ditado pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos”. Segundo Gil, o texto apresenta “comentários carregados de profundo desconhecimento e ignorância sobre a realidade política na Venezuela”.

(Com informações da AFP)

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1 comentário

Alceu Caceres Gonçalves 31 de março de 2024 04h38
Corina Yoris não foi vetada na Venezuela. Seu partido não estava habilitado e a Coalizão Plataforma Unitaria de Oposição, que poderia indicá-la, não a inscreveu.Preferiu indicar Gonzalez Urrutia como uma das 13 candidaturas. Essa foi uma decisão da oposição, não da Justiça, muito menos do governo. A oposição participará das eleições, mas com os candidatos que estavam habilitados pela lei para fazê-lo. Esta afirmação não é minha, mas do Jornalista MARIO VITOR SANTOS. Que o Itamarati e o primeiro escalão do governo agiram com má-fé, pois certamente sabiam desses fatos, tudo bem, pois está infestado de traíras, mas nada justifica a atitude do Lula ao fazer o jogo sujo dessa criminosa Corina Machado que foi julgada, condenada e por consequência perdeu seus direitos políticos, a menos que, o Lula sabe e somente por conveniência política estava fazendo sala para o sionista de extrema-direita, o Macroleão, como os Russos apelidaram o Petit Maricón francês. Quem o Lula pensa que é, além de presidente de um país encharcado de corrupção, com o executivo refém de uma quadrilha no congresso liderado por Lira e fora dele, pelos banqueiros nacionais e internacionais? O Lula tem que parar de acreditar nas lorotas da grande mídia que o elegeu como líder global e se dedicar ao arroz com feijão, que é tentar escapar das garras da onda fascista que varre nosso país, caso contrário, nas próximas eleições presidenciais os nazifascistas darão o golpe de misericórdia e voltarão ao palácio do planalto eleitos democraticamente, pois nas eleições municipais desse ano darão uma surra de criar bicho nos candidatos progressistas.

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