Mundo
Lágrimas de crocodilo
Zuckerberg é obrigado a mais um ato de contrição, mas as redes sociais continuam uma terra sem lei
Geralmente, não aprovo esportes sangrentos, mas fico feliz em abrir uma exceção para a caça de executivos do Vale do Silício por uma comissão do Congresso. Também gosto de óculos caros e inúteis. E o afogamento simulado de CEOs de tecnologia no Congresso está bem aí, com fogos de artifício, uma sensação na retina breve e emocionante, embora inútil, e depois a escuridão.
O interrogatório de Mark Zuckerberg e seus colegas chefões do Vale do Silício foi um clássico do gênero: primeiras páginas, manchetes e um momento de constrangimento genuinamente notável, em que ele foi forçado a enfrentar as vítimas pela primeira vez e pedir desculpas: pais arrasados segurando as fotos de seus filhos mortos, perdidos para o cyberbullying e a exploração sexual na plataforma digital de Zuckerberg.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.