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Laboratório de Wuhan nega responsabilidade por pandemia de coronavírus

O governo dos EUA tenta averiguar se o vírus teve origem em um instituto de virologia localizado na cidade onde a pandemia começou

Pesquisadores trabalham no Laboratório P4, em Wuhan, na China (Foto: JOHANNES EISELE / AFP)
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O diretor do laboratório da cidade chinesa de Wuhan acusado por parte da imprensa americana de ser a fonte do novo coronavírus negou categoricamente as acusações.

A China é cada vez mais pressionada sobre a forma como administrou a pandemia. O governo dos Estados Unidos está tentando averiguar se o vírus teve origem em um instituto de virologia que possui um laboratório de biossegurança.

Cientistas chineses afirmaram que o vírus provavelmente foi transmitido de um animal para os humanos em um mercado que vendia animais silvestres.

Mas algumas teorias da conspiração afirmam que o germe se propagou a partir do Instituto de Virologia de Wuhan, concretamente no laboratório P4, equipado para administrar vírus perigosos.

“É impossível que este vírus venha de nós”, afirmou em uma entrevista à imprensa estatal Yuan Zhiming, diretor do laboratório de Wuhan.

Nenhum funcionário foi infectado, declarou ao canal CGTN. Ele acrescentou que “todo o instituto faz pesquisas em diferentes áreas relacionadas com o coronavírus”.

O instituto já rebateu as teorias em fevereiro e afirmou que compartilhou informações sobre o patógeno com a Organização Mundial da Saúde (OMS) no início de janeiro.

Mas durante a última semana, novos rumores surgiram nos Estados Unidos. O secretário de Estado Mike Pompeo afirmou que funcionários do governo americano fazem uma “investigação completa” sobre como o vírus se propagou ao mundo.

Secretário de estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo – Foto: Nicholas Kamm/AFP

“Sabemos claramente que tipo de pesquisa acontece no instituto e como administram vírus e mostras”, afirmou Yuan.

Como o laboratório P4 fica em Wuhan, “as pessoas não conseguem evitar fazer associações”, lamentou, antes de acusar alguns meios de comunicação de “tentar deliberadamente enganar as pessoas com informações completamente baseadas em especulações, sem provas”.

De acordo com o jornal Washington Post, a embaixada dos Estados Unidos em Pequim, após várias visitas de funcionários ao instituto, alertou o governo americano em 2018 sobre as medidas de segurança aparentemente insuficientes em um laboratório que estudava os coronavírus procedentes de morcegos.

As autoridades de Wuhan tentaram inicialmente acobertar o surto e há dúvidas sobre o balanço oficial de infecções porque o governo modificou diversas vezes o sistema de contabilização.

Durante a semana, as autoridades da cidade admitiram erros no registro de mortes e aumentaram o balanço de vítimas fatais em 50%.

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