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Kamala Harris questiona saúde mental de Trump após recital de canções em ato eleitoral

O republicano interrompeu uma coletiva com apoiadores para ouvir e cantarolar sua playlist de músicas favoritas

Kamala Harris questiona saúde mental de Trump após recital de canções em ato eleitoral
Kamala Harris questiona saúde mental de Trump após recital de canções em ato eleitoral
Foto: DUSTIN FRANZ / AFP
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“Espero que ele esteja bem”, repetiu nesta terça-feira (15) Kamala Harris, questionando a saúde mental de Donald Trump depois que seu rival interrompeu um evento de campanha no dia anterior para ouvir suas músicas favoritas no palco.

Ele parecia “perdido, confuso”, comentou o porta-voz da equipe de campanha da democrata, que divulgou um vídeo sobre o ocorrido.

Trump, de 78 anos, respondeu com uma mensagem em sua rede social, na qual afirmava ter obtido resultados “excepcionais” em dois testes cognitivos diferentes. “Tenho uma saúde muito melhor do que Clinton, Bush, Obama, Biden e, acima de tudo, Kamala”, disse o magnata.

A estranha cena ocorreu durante uma sessão pública de perguntas e respostas com apoiadores organizada pelo candidato na cidade de Oaks, Pensilvânia, um estado-pêndulo do nordeste, sobre as eleições presidenciais de 5 de novembro.

O evento ocorreu em uma sala aparentemente mal climatizada. Foi preciso interrompê-lo duas vezes devido a desconfortos de espectadores que exigiram assistência médica. Trump pediu que as equipes de atendimento dedicassem o tempo necessário para cuidar deles.

Em seguida, o septuagenário brincou: “alguém mais vai desmaiar?”, e sugeriu: “não vamos fazer mais perguntas, vamos ouvir música, vamos fazer música. Quem diabos se importa em ouvir perguntas, certo?”

O republicano pediu que sua playlist preferida tocasse, começando por “Ave Maria” cantada por Luciano Pavarotti.

Trump gosta de ouvir suas músicas favoritas quando viaja em seu avião particular ou em sua residência em Mar-a-Lago, na Flórida. Porém, o que surpreendeu na segunda-feira foi que ele encerrou a sessão de perguntas e respostas.

A noite eleitoral tomou assim um rumo inusitado durante mais de trinta minutos, com o ex-presidente balançando em pé, com o microfone na mão.

Uma canção atrás da outra

O público pode ouvir “Con te partirò”, de Andrea Bocelli; “Hallelujah”, de Rufus Wainwright; “Nothing Compares 2 U”, de Sinéad O’Connor; “An American Trilogy”, de Elvis Presley; “Rich men north of Richmond”, de Oliver Anthony; “November Rain”, de Guns N’ Roses; e, claro, o sucesso dos comícios de Trump, “YMCA”, de Village People.

O magnata afirmou nas redes sociais que a noite foi “inacreditável”.

“A sessão de perguntas e respostas estava prestes a terminar quando pessoas começaram a desmaiar de emoção e calor. Começamos a ouvir música enquanto esperávamos e não paramos. Foi muito diferente, mas acabou sendo uma ÓTIMA NOITE!”.

Nos últimos dias, Harris, 59 anos, acusou repetidamente seu opositor na disputa pela Casa Branca de ser mentalmente “instável”.

Na noite de segunda-feira, em um comício na cidade de Erie, também na Pensilvânia, afirmou que o republicano está “cada vez mais instável e desequilibrado”.

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