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Justiça peruana amplia prisão preventiva contra ex-presidente Castillo

O ex-mandatário foi capturado em 7 de dezembro de 2022, quando fracassou em sua tentativa de dissolver o Congresso e governar por decreto

Justiça peruana amplia prisão preventiva contra ex-presidente Castillo
Justiça peruana amplia prisão preventiva contra ex-presidente Castillo
Pedro Castillo, ex-presidente do Peru. Foto: Flickr/Presidencia Perú
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A Suprema Corte do Peru ampliou de 14 para 18 meses o mandado de prisão preventiva contra o ex-presidente Pedro Castillo, acusado de vários crimes por sua tentativa fracassada de dissolver o Congresso em dezembro de 2022, anunciou o Poder Judiciário nesta quinta-feira (18).

O tribunal aceitou uma solicitação do Ministério Público e estendeu o período de reclusão de Castillo, de 54 anos, enquanto se determina seu eventual julgamento por rebelião, abuso de autoridade e perturbação da tranquilidade pública.

Nos documentos divulgados pelo Poder Judiciário na rede social X, os magistrados “fixaram em 18 meses o prazo do prolongamento da prisão preventiva”. Com isso, o ex-mandatário permanecerá em reclusão até dezembro de 2025.

O MP acusa Castillo de “golpe de Estado” e pede 34 anos de prisão. O ex-mandatário foi capturado em 7 de dezembro de 2022, quando fracassou em sua tentativa de dissolver o Congresso e governar por decreto. Desde então, permanece em uma prisão especial para ex-presidentes situado nos arredores de Lima.

“Nunca peguei em armas”, alegou Castillo nas audiências perante os magistrados, indicando que seu pedido de dissolver o Congresso não se consumou porque suas ordens não foram acatadas pelas forças armadas.

O ex-presidente de esquerda (2021-2022) reiterou sua versão de que foi removido do cargo no âmbito de uma suposta conspiração política entre o Congresso dominado pela direita e o Ministério Público, que o investigava por suspeita de corrupção.

O ex-presidente peruano, eleito em 2021 para governar até 2026, foi destituído após 17 meses no poder. Sua vice-presidente, Dina Boluarte, assumiu o cargo em meio a manifestações que exigiam sua renúncia, o fechamento do Congresso e a antecipação das eleições para 2023.

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