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Justiça do Chile paralisa construção de termoelétrica de empresa de Eike Batista

A decisão da Suprema Corte do Chile de paralisar a construção da maior termoelétrica da América do Sul deve-se a uma suposta contaminação ambiental causada pelas obras

Justiça do Chile paralisa construção de termoelétrica de empresa de Eike Batista
Justiça do Chile paralisa construção de termoelétrica de empresa de Eike Batista
O empresário brasileiro Eike Batista. Foto: ©null / null
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SANTIAGO (AFP) – A Suprema Corte do Chile ratificou na terça-feira 28 a paralisação da construção da termoelétrica Castilla, a maior da América do Sul, e de um porto vizinho, localizados no norte do Chile e de propriedade da companhia MPX, do empresário brasileiro Eike Batista.

A decisão confirma a sentença da corte de apelações de Antofagasta, de 6 de março de 2012, que havia ordenado a paralisação das obras por uma suposta contaminação ambiental, e acolhe um recurso de proteção apresentado por moradores de Totoral, na região de Atacama (norte).

A MPX reagiu à decisão afirmando que mantém sua “convicção de que o projeto respeita a lei ambiental vigente”, mas que “diante da decisão da Suprema Corte, a Companhia reavaliará sua estratégia de negócios no Chile”.

De forma unânime, o máximo tribunal do país confirmou a decisão do tribunal da cidade de Antofagasta, que havia considerado ilegal a autorização ambiental que permitia a construção da central de Castilla e do porto de mesmo nome para fazer o abastecimento de carvão e petróleo.

A Suprema Corte questionou o fato de a MPX ter apresentado de forma separada os relatórios de impacto ambiental da termoelétrica e do porto, o que é ilegal, de acordo com a legislação chilena. “O que aqui se questiona é que tanto o Projeto Porto como o Projeto Central Termoelétrica são, na realidade, um só, e que a apresentação da avaliação de forma separada vulnera a lei”, segundo a decisão.

Com esta resolução, o projeto, um dos maiores investimentos de Eike Batista no exterior, destinado a abastecer as grandes mineradoras de cobre no norte do Chile, fica paralisado.

Caso queira seguir em frente com o projeto, a MPX deverá apresentar um novo estudo do impacto ambiental que considere os dois projetos de forma conjunta e sua conexão para a transferência do carvão e do petróleo, o que poderá levar a uma atraso de dois anos, segundo estimativas privadas.

O projeto Central Castilla constituía um investimento de 4,4 bilhões de dólares e deveria gerar 2.100 MW a base de carvão, mais 254 MW em suinas adjuntas com combustão de diesel.

Os moradores da zona e grupos ambientalistas rejeitam o projeto porque o consideram uma ameaça para a extraordinária biodiversidade da região conhecida como Punta Cachos, onde existem colônias de tartarugas marinhas, populações de pinguins e lobos marinhos, entre outros animais.

Leia mais em AFP Movel.

SANTIAGO (AFP) – A Suprema Corte do Chile ratificou na terça-feira 28 a paralisação da construção da termoelétrica Castilla, a maior da América do Sul, e de um porto vizinho, localizados no norte do Chile e de propriedade da companhia MPX, do empresário brasileiro Eike Batista.

A decisão confirma a sentença da corte de apelações de Antofagasta, de 6 de março de 2012, que havia ordenado a paralisação das obras por uma suposta contaminação ambiental, e acolhe um recurso de proteção apresentado por moradores de Totoral, na região de Atacama (norte).

A MPX reagiu à decisão afirmando que mantém sua “convicção de que o projeto respeita a lei ambiental vigente”, mas que “diante da decisão da Suprema Corte, a Companhia reavaliará sua estratégia de negócios no Chile”.

De forma unânime, o máximo tribunal do país confirmou a decisão do tribunal da cidade de Antofagasta, que havia considerado ilegal a autorização ambiental que permitia a construção da central de Castilla e do porto de mesmo nome para fazer o abastecimento de carvão e petróleo.

A Suprema Corte questionou o fato de a MPX ter apresentado de forma separada os relatórios de impacto ambiental da termoelétrica e do porto, o que é ilegal, de acordo com a legislação chilena. “O que aqui se questiona é que tanto o Projeto Porto como o Projeto Central Termoelétrica são, na realidade, um só, e que a apresentação da avaliação de forma separada vulnera a lei”, segundo a decisão.

Com esta resolução, o projeto, um dos maiores investimentos de Eike Batista no exterior, destinado a abastecer as grandes mineradoras de cobre no norte do Chile, fica paralisado.

Caso queira seguir em frente com o projeto, a MPX deverá apresentar um novo estudo do impacto ambiental que considere os dois projetos de forma conjunta e sua conexão para a transferência do carvão e do petróleo, o que poderá levar a uma atraso de dois anos, segundo estimativas privadas.

O projeto Central Castilla constituía um investimento de 4,4 bilhões de dólares e deveria gerar 2.100 MW a base de carvão, mais 254 MW em suinas adjuntas com combustão de diesel.

Os moradores da zona e grupos ambientalistas rejeitam o projeto porque o consideram uma ameaça para a extraordinária biodiversidade da região conhecida como Punta Cachos, onde existem colônias de tartarugas marinhas, populações de pinguins e lobos marinhos, entre outros animais.

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