Mundo

Justiça da Argentina confirma julgamento de Alberto Fernández por violência de gênero

Em 6 de agosto, Fabiola Yáñez denunciou o ex-presidente, com quem tem um filho de três anos, por violência física e psicológica

Justiça da Argentina confirma julgamento de Alberto Fernández por violência de gênero
Justiça da Argentina confirma julgamento de Alberto Fernández por violência de gênero
A ex-primeira-dama da Argentina Fabíola Yánez e o ex-presidente Alberto Fernández, em junho de 2022. Foto: Chandan Khanna/AFP
Apoie Siga-nos no

A Justiça da Argentina confirmou nesta terça-feira 15 o processo contra o ex-presidente Alberto Fernández, que enfrentará um julgamento por “lesões graves” e “ameaças coercitivas”, no contexto de violência de gênero contra sua então esposa quando ele exercia a Presidência (2019-2023).

Fernández, de 66 anos, havia recorrido em fevereiro, mas a Câmara Federal de Apelações rejeitou os argumentos da defesa. Na decisão de 82 páginas, à qual a AFP teve acesso, Martín Irurzun, um dos dois juízes que votaram pelo prosseguimento do processo, confirmou “as diferentes formas de violência de gênero que o acusado exerceu sobre a vítima de maneira continuada entre 2016 e 2024”.

O juiz ressaltou que a violência causou “danos graves suficientemente comprovados” à saúde da ex-primeira-dama, a jornalista Fabiola Yáñez. Já seu colega Roberto Boico propôs eximir Fernández, citando falhas e parcialidade na investigação.

Em 6 de agosto, Fabiola denunciou o ex-presidente, com quem tem um filho de três anos, por violência física e psicológica. Fernández negou as acusações.

O Ministério Público colheu provas no telefone da secretária particular de Fernández, María Cantero, como fotografias enviadas por Fabiola que mostravam hematomas em seu corpo.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo