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Justiça britânica nega a Assange permissão para recorrer à Suprema Corte contra extradição

Washington deseja julgar o fundador do WikiLeaks pela publicação de quase 700 mil documentos diplomáticos e militares secretos

Julian Assange, em 2016, exibe um relatório da ONU sobre prisões arbitrárias. Foto: Niklas HALLE'N / AFP
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A Justiça britânica rejeitou nesta segunda-feira 14 um pedido do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, para recorrer à Suprema Corte do Reino Unido contra sua extradição para os Estados Unidos.

“O pedido foi recusado pela Suprema Corte e a razão dada é que o pedido não levantou uma questão de direito válida”, disse um porta-voz do Tribunal, citado pela agência Reuters.

Em dezembro, um tribunal britânico de apelações anulou uma decisão prévia de não entregar Assange e, com isso, o governo dos Estados Unidos poderá tentar novamente obter a extradição. Assange está preso em Londres desde sua detenção em 2019, na embaixada do Equador.

Washington deseja julgar o fundador do WikiLeaks pela publicação, a partir de 2010, de quase 700 mil documentos diplomáticos e militares secretos, relacionados principalmente às guerras lideradas pelos Estados Unidos no Afeganistão e no Iraque.

Para obter a vitória judicial no fim de 2021, os Estados Unidos alegaram ao tribunal que Assange não seria mantido em isolamento punitivo em uma penitenciária federal de segurança máxima e que ele receberia o tratamento adequado.

Na ocasião, a ONG Anistia Internacional questionou as garantias de Washington sobre o tratamento que Assange receberia em caso de extradição. Para a AI, as promessas norte-americanas são “intrinsecamente pouco confiáveis”.

Dois dias depois da decisão de dezembro, a noiva de Assange, Stella Moris, afirmou que ele sofreu um pequeno acidente vascular cerebral na prisão no final de outubro.

O jornal Mail on Sunday também informou que o australiano sofreu um “acidente isquêmico transitório”, durante o qual o fluxo de sangue de uma parte do cérebro foi brevemente interrompido. Isso provocou perda de memória, sinais de danos neurológicos e a queda de sua pálpebra direita. Desde então, ele recorre a medicamentos, segundo o veículo.

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