Mundo
Justiça britânica determina que Assange recorra de extradição aos EUA
O fundador do WikiLeaks tenta evitar a pena de 175 anos de prisão após revelar segredos militares dos EUA


A Justiça britânica decidiu, nesta segunda-feira 20, que Julian Assange tem direito a uma audiência completa para avaliar o seu recurso contra a extradição para os Estados Unidos.
O julgamento foi suspenso em março após os juízes britânicos solicitarem garantias de que o ativista australiano teria o direito de invocar a Primeira Emenda da Constituição norte-americana. O item protege a liberdade de expressão, evitando a condenação à pena de morte.
Os juízes concluíram que os EUA não apresentaram garantias satisfatórias de que poderia promover a pena de morte. Além disso, os magistrados apontaram que não há garantia suficiente para que Assange tenha direito a invocar a emenda mencionada. A decisão foi tomada por dois juízes.
O julgamento de hoje foi acompanhado pela esposa, o pai e o irmão de Assange. Do lado de fora do tribunal, manifestantes protestavam a favor da liberdade dele.
O fundador do WikiLeaks responde acusações de espionagem pelo vazamento de documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas norte-americanas, particularmente sobre a atuação dos EUA no Iraque e no Afeganistão.
O fundador do WikiLeaks enfrenta um pedido de 175 anos de prisão neste caso, que se tornou um símbolo de ameaças à liberdade de imprensa.
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