Mundo

Juíza rejeita petição de Trump em caso de documentos confidenciais

Segundo a acusação, Trump guardou arquivos confidenciais sem segurança especial em sua casa

Juíza rejeita petição de Trump em caso de documentos confidenciais
Juíza rejeita petição de Trump em caso de documentos confidenciais
Foto: Eduardo Munoz Alvarez/AFP
Apoie Siga-nos no

A juíza federal Aileen Cannon rejeitou, nesta quinta-feira 14, uma das petições apresentadas pelo ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump para pedir o arquivamento do caso sobre seu suposto manuseio inadequado de documentos confidenciais.

O ex-presidente, de 77 anos, compareceu a um tribunal em Fort Pierce, cerca de 200 km ao norte de Miami, nesta quinta-feira.

Em junho, ele se declarou inocente das acusações de retenção ilegal de informações sobre defesa nacional, conspiração para obstruir a justiça e falso testemunho.

Segundo a acusação, Trump guardou arquivos confidenciais – incluindo registros do Pentágono e da Agência de Segurança Nacional – sem segurança especial em sua casa em Mar-a-Lago e obstruiu os esforços oficiais para recuperá-los.

Seus advogados pediam a retirada das acusações alegando que o estatuto sob o qual o ex-presidente foi acusado era “vagamente inconstitucional”.

Em uma ordem escrita após a audiência, a juíza Cannon admitiu que alguns dos argumentos de Trump merecem “consideração séria”, mas acrescentou que era muito cedo para descartar as acusações com base em discordâncias sobre a definição de alguns termos usados na acusação.

Os advogados de Trump afirmam também que Cannon deveria descartar o caso porque, sendo presidente, Trump podia designar documentos como pessoais mesmo após deixar o cargo.

Este é um argumento rejeitado pela Procuradoria sobre o qual a juíza ainda não se pronunciou.

Trump também enfrenta acusações federais de conspirar para anular os resultados das eleições de 2020, nas quais perdeu para o atual presidente, o democrata Joe Biden.

Seus problemas legais não o impediram de vencer confortavelmente as primárias republicanas para as eleições de novembro.

Nas últimas semanas, sua defesa apresentou vários recursos para tentar adiar a realização de seus julgamentos até depois dessas eleições.

A juíza Cannon já deixou claro que adiará o julgamento pelos documentos classificados, previsto para 20 de maio, devido à grande quantidade de petições a serem estudadas.

A procuradoria propôs iniciar em 8 de julho, mas a juíza considerou essa data “pouco realista”.

Enquanto isso, em Nova York, a procuradoria de Manhattan se mostrou disposta nesta quinta-feira a adiar por 30 dias o julgamento contra Trump que começaria no final de março nesse distrito, em um caso de pagamentos secretos a uma atriz de filmes pornôs para comprar seu silêncio.

O futuro legal de Trump depende de uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, que irá analisar em 25 de abril se o magnata imobiliário tem imunidade penal como ex-presidente.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.

O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.

Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.

Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo