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Jornalista palestino libertado por Israel denuncia torturas

Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras, Dia Al-Kahlout ficou na prisão de Eshel, no sul israelense, onde foi torturado

Jornalista palestino libertado por Israel denuncia torturas
Jornalista palestino libertado por Israel denuncia torturas
Registro de tanques israelenses na Faixa de Gaza, em 9 de janeiro de 2024. Foto: Menahem Kahana/AFP
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O meio de comunicação The New Arab, radicado em Londres, anunciou, nesta terça-feira 9, a libertação de um dos seus jornalistas palestinos detidos por Israel desde dezembro, que afirmou ter sido torturado.

O repórter Dia Al-Kahlout, correspondente em Gaza do veículo pan-árabe, fazia parte dos diversos palestinos que as forças israelenses prenderam no início de dezembro no norte da Faixa de Gaza, e cujas imagens foram divulgadas por canais de televisão israelenses.

Nessas imagens, muito polêmicas, eles eram vistos de roupas íntimas, com os olhos vendados e vigiados por soldados israelenses.

O Exército israelense alegou razões de segurança para justificar tais atos e apresentou os presos como combatentes do Hamas, algo que o movimento islamista palestino negou, denunciando uma “mentira”.

Kahlout foi libertado na Faixa de Gaza, indicou The New Arab, um portal de notícias que pertence ao Catar.

O repórter, de 37 anos, disse ao veículo para o qual trabalha que sofreu com condições “indescritivelmente duras” desde o momento em que foi preso. Ele relatou que o pegaram e o torturaram.

Segundo a ONG Repórteres Sem Fronteiras (RSF), o jornalista ficou por um tempo na prisão de Eshel, no sul de Israel, onde foi torturado.

“A RSF insta a libertação de todos os jornalistas presos e a proteção urgente de todos os jornalistas palestinos”, disse Jonathan Dagher, responsável da RSF para o Oriente Médio, em um relatório publicado nesta terça-feira.

Segundo a RSF, desde que começou a guerra, desencadeada por um ataque de comandos islamistas do Hamas em Israel, 38 jornalistas palestinos foram presos e 31 seguem detidos.

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