Líderes ocidentais reagiram com nervosismo a um plano de paz chinês para a Ucrânia, mas aprovaram cautelosamente a medida como um primeiro sinal de que a China reconhece que a guerra não pode ser considerada apenas um assunto europeu. Falando na Conferência de Segurança de Munique, o principal diplomata chinês, Wang Yi, um dos poucos políticos externos capazes de influenciar a Rússia, anunciou que seu país apresentaria sua iniciativa de paz no aniversário da guerra e já teria consultado Alemanha, Itália e França sobre as suas propostas.
O plano de paz enfatizaria a necessidade de defender os princípios de soberania, integridade territorial e a Carta da ONU. Ao mesmo tempo, emendou Wang Yi, os legítimos interesses de segurança da Rússia devem ser respeitados. Diplomatas europeus não sabem ao certo quão específica Pequim pretende ser, ou se o plano se resume a discursos sobre soluções pacíficas que às vezes caracterizam a postura chinesa. Um movimento para retratar o Ocidente como belicista pode encontrar ecos no Sul global.
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