Joe Biden chega a Israel pressionado por ataque a hospital

Ataque matou mais de 500 pessoas em Gaza e Hamas alega responsabilidade do norte-americano na ação. Na visita, Biden disse acreditar na versão israelense sobre o bombardeio

Foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP

Apoie Siga-nos no

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chegou nesta quarta-feira (18) a Israel, para expressar solidariedade ao país, que está em guerra com o grupo palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.

Biden desembarcou no país um doa após uma explosão em um hospital de Gaza, que deixou centenas de mortos e provocou uma troca de acusações entre Israel e as milícias palestinas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recebeu Biden na pista do aeroporto Ben Gurion, Os dois governantes se abraçaram.

Biden e Netanyahu conversaram rapidamente na pista, cercados por guardas, sob medidas de segurança rigorosas mesmo para o presidente americano, antes que as comitivas partissem para um hotel em Tel Aviv, onde acontecerão reuniões.

Centenas de policiais e soldados armados estão posicionados nos arredores do hotel, com atiradores nos telhados dos edifícios próximos.

Tel Aviv fica a apenas 65 quilômetros da Faixa de Gaza, que Israel bombardeia sem trégua desde o ataque executado por milicianos do movimento palestino Hamas, que governa o pequeno enclave, em 7 de outubro.


Pressionado por explosão

O Hamas, desde a explosão, tem alegado que os Estados Unidos também são responsáveis pelo ataque a um hospital da Faixa de Gaza que matou centenas de palestinos. Segundo um dos líderes do grupo, Ismail Haniyeh, Biden deu a Israel “a cobertura para a sua agressão”.

A explosão também rendeu desgaste político a Biden nos países que fazem fronteira com Israel. Ele participaria, além do encontro com Netanyahu, de uma reunião na Jordânia com Abdel Fattah El-Sisi, presidente do e Egito, Mahmoud Abbas, da Autoridade Palestina, e com o Rei Abdullah II. O encontro foi cancelado pouco depois do massacre.

Biden apoia versão israelense sobre bombardeio

Na visita a Israel, Biden apoiou a versão das autoridades israelenses que acusam combatentes palestinos pelo bombardeio que provocou centenas de mortes na terça-feira em um hospital da Faixa de Gaza.

“Eu fiquei profundamente triste e indignado com a explosão de ontem no hospital de Gaza. E com base no que vi, parece que foi feito pelo outro lado, não por vocês”, disse Biden ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu em Tel Aviv.

(Com informações de AFP)

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.