Itamaraty reage a vídeo publicado por chanceler israelense e nega descaso com sobrevivente

Israel Katz veiculou um vídeo em que a brasileira Rafaela Triestman nega que o país venha praticando genocídio e diz ainda não ter recebido apoio do governo brasileiro

(Reprodução/X)

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O Ministério das Relações Exteriores do Brasil manifestou-se em relação a um vídeo divulgado pelo ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz. No vídeo, Rafaela Triestman, uma brasileira que sobreviveu ao ataque do Hamas em 7 de outubro, disse ainda não ter recebido apoio do governo brasileiro desde o atentado.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirmou ter entrado em contato com os familiares dos nacionais feridos e mortos no dia do atentado, em 7 de outubro do ano passado, via Embaixada do Brasil em Tel Aviv. Acrescentou, ainda, que o Embaixador do Brasil em Tel Aviv esteve presente no funeral de uma das cidadãs assassinadas na ocasião.

“De modo a atender à imensa demanda por assistência consular, no dia seguinte ao evento, a representação diplomática disponibilizou formulário eletrônico a fim de cadastrar e facilitar a comunicação com os brasileiros que se encontravam em Israel e necessitavam de qualquer tipo de apoio naquele momento”, acrescentou a chancelaria.

No depoimento, a jovem enalteceu o apoio recebido por Israel desde o ataque do Hamas e criticou o governo brasileiro pela declaração do presidente Lula (PT), que fez uma comparação da gravidade da guerra em curso entre Israel e Hamas ao nazismo. A publicação do vídeo abriu um novo flanco na crise diplomática contra Lula e o Brasil, encabeçada pelo primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

A pasta também enumerou os esforços empreendidos para repatriação dos brasileiros, por meio da Operação Voltando em Paz, que realizou oito voos da Força Aérea Brasileira a partir do território israelense, por meio do qual retornaram ao Brasil mais de 1.400 cidadãos.

 

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1 comentário

joao medeiros 22 de fevereiro de 2024 18h32
Rapaz, pelo jeito, o governo de israel tem o mesmo naipe do bolsonarismo e Trumpismo não querendo reconhecer a legitimidade de nossa eleição. Isto está parecendo o arrebatamento que eles tanto apregoam e, que. pretendem impor, sua hegemônia racial. Negam os valores da solidariedade, da misericórdia, da paz, da irmandade e de cristo. Quais os crimes políticos e/ou econômicos eles querem proteger ou dissimular.

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