Mundo
Itamaraty confirma morte de adolescente brasileiro no Líbano, em meio a ataques de Israel
Segundo a pasta, Ali Kamal Abdallah, de 15 anos, e seu pai, de nacionalidade paraguaia, morreram vítimas de um foguete disparado na segunda-feira


O Itamaraty confirmou, nesta quarta-feira 25, a morte de um adolescente brasileiro e de seu pai no Líbano em meio a bombardeios de Israel contra o Hezbollah na região do Vale do Beqaa.
Segundo o Ministério das Relações Exteriores, o adolescente de 15 anos, Ali Kamal Abdallah, e seu pai, que tem nacionalidade paraguaia, morreram vítimas de um foguete que atingiu, na segunda-feira, a cidade de Kelya.
A pasta ainda informou que já entrou em contato com a família das vítimas, que é de Foz do Iguaçu, no Paraná, para prestar apoio.
A embaixada do Brasil no Líbano está em contato com a família. Segundo o Itamaraty, a embaixada do Brasil em Beirute continua prestando assistência e fornecendo as orientações devidas à comunidade brasileira, com a qual mantém contato permanente.
Em caso de necessidade, recomenda-se entrar em contato com o plantão consular do Itamaraty por meio do número +55 (61) 98260-0610 (WhatsApp).
“Ao solidarizar-se com a família, o Governo brasileiro reitera sua condenação, nos mais fortes termos, aos contínuos ataques aéreos israelenses contra zonas civis densamente povoadas no Líbano e renova seu apelo às partes envolvidas para que cessem imediatamente as hostilidades”, diz um comunicado sobre o caso emitido pelo Itamaraty nesta quinta-feira 26.
Mais cedo, o presidente Lula (PT) condenou o conflito entre Israel e o Hezbollah no Líbano e e disse que Benjamin Netanyahu, o primeiro-ministro israelense, promove genocídio.
“Por isso, eu condeno, de forma veemente, esse comportamento do governo de Israel, que eu tenho certeza de que a maioria do povo de Israel não concorda com esse genocídio”, afirmou Lula em entrevista à imprensa após último compromisso na 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York.
Na segunda-feira 23, os primeiros ataques israelenses em massa no Líbano mataram 558 pessoas e feriram mais de 1.800, segundo as autoridades libanesas, o número mais alto em um dia desde o fim da guerra civil no país (1975-1990).
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Trump diz que ‘explodiria em pedaços’ o Irã se país ameaçasse candidato às eleições dos EUA
Por AFP
Macron pede que Israel ‘detenha escalada no Líbano’ e a Hezbollah, que pare de atirar contra Israel
Por AFP
ONU reporta 90 mil novos deslocados no Líbano por bombardeios israelenses
Por CartaCapital
Lula volta a condenar ações de Israel e diz que Netanyahu promove genocídio
Por CartaCapital