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Itália tenta reduzir propagação do novo coronavírus

Ministros da Saúde de países que fazem fronteira com a Itália se reúnem nesta terça-feira 25 para determinar “linhas de ação”

Pedestre usa máscara protetora na Galeria Vittorio Emanuele II, no centro de Milão. Foto: MIGUEL MEDINA / AFP
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Os ministros da Saúde dos países que fazem fronteira com a Itália se reúnem em Roma nesta terça-feira 25. O objetivo é determinar “as linhas de ação” diante da epidemia do coronavírus, que pode se transformar em uma pandemia, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde).

O anúncio foi feito nesta segunda-feira 24 pela Proteção civil italiana, depois de uma reunião entre o primeiro-ministro Giuseppe Conte, o ministro das Relações Exteriores, Luigi Di Maio, e o chefe da Proteção Civil, Angelo Borrelli. Também participaram do encontro os representantes das regiões que registraram mais contaminações: a Lombardia, vizinha da Suíça, e o Vêneto, na fronteira com a Eslovênia.

O Piemonte, que divide fronteira com a França, e o Trentino-Alto-Ádige, na divisa com a Áustria, também notificaram casos. O número de pacientes infectados passou de seis para 220 em quatro dias. Pelo menos sete pessoas morreram. A Itália se transformou assim no terceiro país mais atingido do mundo, depois da Coreia do Sul e da China.

Durante a reunião na Proteção Civil desta segunda-feira, foram examinadas questões relativas ao controle das fronteiras aereas, marítimas, terrestres e ferroviárias. A suspensão temporária dos acordos que regem o tratado de Schengen, de livre circulação, chegou a ser cogitada. Mas, na prática, isso seria impossível, segundo as autoridades italianas. “Uma medida desse porte não garantiria nada em termos de prevenção”, ressalta o comunicado. A reunião desta terça-feira deverá começar por volta das 16h. O ministro alemão da Saúde, Jens Spahn, confirmou sua presença em Roma.

Escolas, creches, museus e universidades fechados

Para diminuir a propagação do vírus, as autoridades italianas adotaram medidas excepcionais na região atingida, decretando o fechamento de escolas, universidades, museus e cinemas, por pelo menos uma semana. Os jogos da série A, a mais importante do futebol italiano, que deveriam ocorrer no domingo, também foram adiados. “Honestamente, ninguém imaginava que a propagação do coronavírus seria assim tão alta. A doença não é grave, mas não deve ser subestimada”, disse Atílio Fontana, representante da Lombardia, em entrevista à rádio 102.5 RTL.

Situação estável na França

A França, que tem 12 casos confirmados do novo vírus, não registrou nenhuma nova contaminação nesta segunda-feira. “O vírus não está circulando em território nacional”, disse o ministro da Saúde, Olivier Véran. A última pessoa que havia contraído o Covid-19 e estava hospitalizada em Lyon está curada, assim como outros 11 pacientes. Apenas um turista chinês morreu no país. Em Nice, dois casos suspeitos foram descartados.

Em relação às medidas de prevenção, Véran recomendou o uso da máscara de proteção somente para pessoas que estiveram na China, em Singapura, na Coreia do Sul, na Lombardia e no Vêneto, durante 14 dias após o retorno. O governo francês também pediu que crianças que tenham estado na região permaneçam em casa.

Nesta segunda, um ônibus que transportava 36 pessoas e vinha de Milão foi isolado na rodoviária de Lyon para verificar uma suspeita de contaminação – o motorista tinha sintomas, mas que eram de uma gripe “clássica”, segundo os médicos que o atenderam. O resultado de seu teste deu negativo. Os outros passageiros, inicialmente isolados, foram progressivamente liberados.

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