Mundo
Itália impõe vacinação obrigatória para maiores de 50 anos
O governo anunciou que a estratégia é para proteger as faixas etárias que têm maior risco de hospitalização. Medida entra em vigor em 15/2


O governo italiano decidiu nesta quarta-feira impor a vacinação obrigatória para todas as pessoas com mais de 50 anos, devido ao forte aumento das infecções pelo novo coronavírus.
“Queremos desacelerar a curva de contágio e encorajar os italianos que ainda não se vacinaram a fazê-lo”, disse o primeiro-ministro, Mario Draghi, durante o conselho de ministros que aprovou a medida. “Intervimos sobretudo nas faixas etárias que apresentam um risco maior de hospitalização, para reduzir a pressão hospitalar e salvar vidas”, explicou.
A decisão do governo significa, na prática, a obrigação de se vacinar para os maiores de 50 anos. A medida entrará em vigor em 15 de fevereiro.
A Itália é um país de 59 milhões de habitantes, dos quais 28 milhões têm mais de 50 anos, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística.
A partir do próximo dia 10, será solicitado um passe de vacinação para ter acesso a meios de transporte, hotéis, restaurantes, feiras, congressos, piscinas e salas de esportes, conforme decisão do governo. O passaporte de vacinação já é exigido em alguns setores, como os de profissionais de saúde, escolas e forças de ordem.
Como nos países vizinhos, as infecções aumentam fortemente na Itália devido à variante Ômicron. O país registrou hoje mais de 189 mil casos da doença. Ontem, foram mais de 170.000.
No total, mais de 1,4 milhão de pessoas estão com Covid atualmente na Itália, primeiro país europeu afetado pela pandemia, que já registrou mais de 138.000 mortos.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.