Israel não detecta infiltração a partir do Líbano e diz que investigará alarmes

Autoridades determinaram que cidadãos do norte buscassem abrigos. 'Vamos verificar se é uma falha técnica ou um erro humano', diz Exército

Militares israelenses posicionados perto da fronteira com o Líbano, em 11 de outubro de 2023. Foto: Jalaa Marey/AFP

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O porta-voz do Exército de Israel, Daniel Hagari, disse nesta quarta-feira 11 não haver registro de incidentes no norte do país, próximo à fronteira com o Líbano. A declaração foi concedida pouco depois de as autoridades israelenses emitirem um alerta na região fronteiriça e determinar que os cidadãos buscassem abrigo, diante da possível infiltração de inimigos a partir da nação vizinha.

“Não há lançamentos neste momento do Líbano. Não há alertas”, afirmou Hagari em declaração transmitida pela televisão. “Foi um erro que estamos investigando. Vamos verificar se é uma falha técnica ou um erro humano.”

Na tarde desta quarta, pelo horário de Brasília, as Forças de Defesa de Israel disseram ter recebido um alerta sobre “suspeita de infiltração a partir do Líbano” no espaço aéreo israelense.

Segundo o jornal Times of Israel, o informe se referia a uma “suspeita de infiltração terrorista” como motivo para soar o alarme em Ma’alot Tarshiha, a cerca de oito quilômetros da fronteira com o Líbano.

Há, no entanto, focos de tensão entre os países. O movimento pró-Irã Hezbollah e Israel voltaram a trocar disparos nesta quarta, depois de o grupo libanês lançar um ataque com mísseis em represália pela morte de três de seus combatentes em bombardeios israelenses na segunda-feira.

Em um comunicado, o Hezbollah afirmou ter atacado “com mísseis teleguiados uma posição israelense” em frente à aldeia fronteiriça libanesa de Dhaira, “em resposta às agressões sionistas”.


Na terça-feira, o Exército israelense indicou bombardear o território libanês “em resposta aos mísseis antitanque que atacaram seus soldados”.

O Hezbollah advertiu que haverá uma resposta “decisiva” aos ataques israelenses, especialmente se esses bombardeios causarem “a morte de mártires”.

De acordo com a Agência Nacional de Informação, uma organização oficial libanesa, Israel bombardeou com artilharia, apoiada por drones, diversas aldeias na fronteira, incluindo Dhaira e Yarin.

Nesta quarta, a Casa Branca disse que os Estados Unidos estão “claramente preocupados” com os ataques de foguetes do Hezbollah contra Israel.

“Estamos observando com preocupação alguns dos ataques com foguetes que cruzam a fronteira norte de Israel vindos do Líbano, que obviamente vêm do Hezbollah”, disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby.

(Com informações da AFP)

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