Mundo
Israel e Hamas libertam prisioneiros neste sábado
Libertação de presos faz parte do acordo de cessar-fogo assinado na semana passada


As quatro mulheres soldados israelenses libertadas pelo Hamas como parte de uma troca realizada neste sábado (25) estão sob custódia das forças israelenses em Gaza, informou o Exército em um comunicado.
“As quatro reféns que retornaram estão sendo acompanhadas pelas forças especiais (militares) da IDF e pelas forças da ISA (agência de segurança Shin Bet) em seu retorno ao território israelense, onde serão submetidas a uma avaliação médica preliminar”, afirmou o Exército.
Liri Albag, Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy “cruzaram a fronteira [entre a Faixa de Gaza e] o território israelense”, informou um comunicado militar.
As quatro mulheres chegaram às instalações preparadas para recebê-las no sul de Israel, “onde se reuniram com seus pais”, acrescentaram os militares.
As quatro reféns, que foram mantidas em cativeiro no território palestino desde que foram capturadas por comandos islamistas no ataque de 7 de outubro de 2023, “serão submetidas a uma avaliação médica preliminar”, disse a mesma fonte.
Em Tel Aviv, centenas de pessoas se reuniram na chamada “praça dos reféns”, onde telas gigantes mostraram imagens da libertação.
Em meio a gritos e lágrimas, a multidão comemorou a entrega das quatro mulheres à Cruz Vermelha na Cidade de Gaza, na segunda troca com prisioneiros palestinos prevista pelo acordo de trégua na Faixa, após 15 meses de guerra.
Libertação de palestinos
Os ônibus que transportam os prisioneiros palestinos libertados sob o acordo de trégua e de libertação de reféns em Gaza deixaram duas prisões israelenses neste sábado (25), informaram jornalistas da AFP.
Os veículos partiram das prisões de Ofer, na Cisjordânia ocupada, e de Ktziot, no deserto de Neguev. Neste sábado, 200 palestinos mantidos em prisões israelenses serão libertados em troca de quatro soldados israelenses que foram libertadas no início do dia pelo Hamas em Gaza.
Entre esta lista de detentos está Mohammed Tous, membro de 69 anos do Fatah e o palestino há mais tempo preso ininterruptamente, há quase 40 anos, de acordo com o Clube dos Prisioneiros Palestinos, ONG de defesa dos prisioneiros.
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