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Israel bombardeia sul do Líbano após ataque do Hezbollah

Governo israelense declarou situação de emergência e atacou o sul do Líbano após extremistas lançarem foguetes e drones contra o norte de Israel, em retaliação ao assassinato de líder do grupo

Israel bombardeia sul do Líbano após ataque do Hezbollah
Israel bombardeia sul do Líbano após ataque do Hezbollah
Nesta imagem registrada no norte de Israel, a força aérea israelense intercepta foguete lançado pelo Hezbollah no ataque ocorrido neste domingo. Foto: AFP - JALAA MAREY
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O grupo extremista Hezbollah lançou neste domingo (25/08) um ataque em larga escala contra Israel. Em resposta, o governo israelense declarou situação de emergência e bombardeou o sul do Líbano.

O Hezbollah afirmou que atacou 11 estruturas militares israelenses, incluindo o chamado Domo de Ferro, sistema antimísseis de Israel, além de um “alvo militar especial” não especificado. Imagens divulgadas por Israel mostram o Domo de Ferro operando para repelir os ataques.

Mais de 300 foguetes Katyusha e drones foram lançados contra Israel, conforme o Hezbollah. Os extremistas afirmaram que a ação foi a “primeira fase” de uma resposta ao assassinato no mês passado de um dos chefes do grupo Fuad Shukr, durante um ataque israelense em Beirute.

O Exército de Israel não relatou nenhuma vítima no ataque e reportou apenas “pequenos danos” no país. Apesar disso, o ministro da Defesa Yoav Gallant, declarou estado de emergência no país por 48 horas, a partir das 6h locais.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, realizou uma reunião de seu gabinete de segurança e prometeu fazer “tudo o que for necessário” para proteger o povo do norte de Israel.

Temor de escalada

Há semanas, a comunidade internacional vem expressando o temor de uma escalada militar regional entre o Irã e seus aliados, de um lado, e Israel, de outro, na esteira da guerra de Gaza, onde, após dez meses, ainda não se chegou a um cessar-fogo, apesar das negociações.

O presidente dos EUA, Joe Biden, está acompanhando os acontecimentos “de perto”, e um porta-voz do Pentágono disse que Washington está “pronto para apoiar” a defesa de Israel, seu aliado.

O coordenador da ONU no Líbano e o primeiro-ministro libanês Najib Mikati pediram o fim da “escalada” e a implementação da “resolução 1701 da ONU”, que pôs fim à guerra de 2006 entre Israel e o Hezbollah.

O Hezbollah, movimento islâmico libanês armado e financiado pelo Irã, inimigo declarado de Israel, ameaçou retaliação após a morte, em 30 de julho, de um de seus líderes militares, Fuad Shukr, em um ataque israelense na periferia sul de Beirute.

Juntamente com o Irã e o movimento islâmico palestino Hamas – que vem travando uma guerra contra Israel em Gaza há mais de dez meses – também ameaçou responder ao assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em Teerã, em 31 de julho, que foi atribuído a Israel, mas não reconhecido pelo governo israelense.

“Impedimos grande parte do ataque”

A Força Aérea de Israel recebeu relatos de um ataque do Hezbollah e lançou “uma operação complexa pouco antes das 5h (horário local), na qual cerca de 100 aeronaves atingiram milhares de lançadores de foguetes apontados para o norte de Israel em 40 zonas de tiro no sul do Líbano”, disse o porta-voz militar, tenente-coronel Nadav Shoshani.

Os disparos do Hezbollah faziam parte de um “ataque planejado maior e conseguimos impedir grande parte dele”, acrescentou.

O Exército israelense havia dito anteriormente que a operação foi lançada para “eliminar ameaças contra cidadãos israelenses”.

(AFP, EFE, Reuters)

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