Israel bombardeia e deixa fora de serviço principais aeroportos sírios

No sexto dia de conflito, as forças israelenses focaram os ataques no país fronteiriço para evitar que "forças do Irã se aloquem"

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Israel bombardeou, nesta quinta-feira 12, os dois principais aeroportos da Síria – o a capital do país, Damasco, e o de Aleppo – informaram os meios de comunicação oficiais sírios, no primeiro ataque contra este país desde a eclosão de uma guerra entre Israel e Gaza, após uma ofensiva do Hamas.

“A agressão israelense atingiu os aeroportos de Damasco e Aleppo”, no norte do país, informou a televisão estatal síria em seu canal no Telegram, sem dar mais detalhes.

Os ataques simultâneos “danificaram as pistas de pouso dos dois aeroportos, que foram colocados fora de serviço”, noticiou a imprensa estatal síria, citando uma fonte militar.

Este ataque ocorre no sexto dia de combates entre o grupo islâmico palestino Hamas e Israel, uma guerra que começou depois de membros do movimento terem entrado em território israelense, pela Faixa de Gaza, no sábado.

O bombardeio coincide com a visita a Israel do chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, e poucas horas depois de o presidente do Irã, Ebrahim Raisi, telefonar para seu homólogo sírio, Bashar al-Assad, e pedir aos países árabes e islâmicos que cooperem “para parar os crimes do regime sionista contra a nação palestina oprimida”.

Israel lançou centenas de bombardeios contra o território sírio desde o início da guerra civil neste país em 2011.


A aviação israelense ataca, especialmente, os grupos apoiados pelo Irã e pelo movimento libanês Hezbollah, aliados do governo sírio e inimigos ferrenhos de Israel, além de posições do Exército de Damasco.

Os aeroportos de Damasco e de Aleppo foram alvo de ataques em diversas ocasiões. O de Aleppo foi colocado ficou fora de serviço por bombardeios em 28 de agosto, e o de Damasco, em 2 de janeiro.

Israel, que faz fronteira com a Síria, não costuma comentar suas operações contra este país, mas diz querer impedir que o Irã se instale próximo ao seu território.

O Irã, que apoia abertamente o Hamas, celebrou a ofensiva do grupo palestino contra Israel, mas negou o envolvimento de Teerã no ataque.

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