O governo de Israel barrou nesta terça-feira 5 a ajuda humanitária enviada pelo Brasil para a Faixa de Gaza. A informação, divulgada inicialmente pelo deputado italiano Angelo Bonelli, foi confirmada pelo Planalto.
Segundo Bonelli, Israel justificou que as produtos eram potencialmente perigosos. O Planalto não informou o motivo dado por Israel para negar a entrada dos alimentos.
O Programa Mundial de Alimentos (PMA) das Nações Unidas afirmou que teve um comboio de ajuda rejeitado por autoridades de Israel em um posto de controle no norte da Faixa de Gaza.
A agência da ONU declarou que 14 caminhões com alimentos aguardaram por três horas no posto de Wadi Gaza, sudeste do território, antes de serem rejeitados pelo Exército de Israel. Não se sabe se a ajuda brasileira estava nesse comboio.
A ONU estima que 2,2 dos 2,4 milhões de habitantes do território estão à beira da fome, principalmente no norte, onde as forças de Israel bloqueiam a entrada de ajuda.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta semana que observou cenas espantosas de crianças morrendo de fome e de uma grave escassez de alimentos, remédios e combustível para geradores em uma missão de ajuda a dois hospitais do norte de Gaza.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmou que 97 pessoas morreram nas últimas 24 horas, a maioria mulheres e crianças.
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