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Israel anuncia ‘etapas potentes’ do ataque contra Gaza e descarta cessar-fogo

Segundo o premiê de extrema-direita Benjamin Netanyahu, suas forças armadas ‘ampliaram sua entrada terrestre’ no enclave

Registro de mais um bombardeio israelense sobre o norte de Gaza, em 30 de outubro de 2023. Foto: Yuri Cortez/AFP
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O Exército de Israel avança “metodicamente” na Faixa de Gaza, afirmou nesta segunda-feira 30 o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, que descartou um cessar-fogo no enclave, em meio à sua guerra contra o grupo palestino Hamas.

Segundo o premiê, de extrema-direita, suas forças armadas “ampliaram sua entrada terrestre na Faixa de Gaza” e “estão fazendo isso por etapas moderadas e muito potentes”.

Os chamados para um cessar-fogo são chamados para Israel se render ao Hamas. Isso não vai acontecer“, afirmou Netanyahu. Os bombardeios israelenses contra Gaza provocaram mais de 8.300 mortes, segundo o mais recente boletim das autoridades locais. Em 7 de outubro, um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel deixou cerca de 1.400 mortos.

O governo israelense diz ainda que o Hamas mantém 239 reféns. O Exército anunciou ter resgatado Ori Megidish, uma soldado sequestrada e mantida pelo grupo – até agora, quatro mulheres foram libertadas pelo Hamas.

Nesta segunda, dezenas de tanques israelenses realizaram uma incursão nas imediações do distrito de Zeitun, na periferia da Cidade de Gaza, apontaram testemunhas à agência AFP.

O Exército israelense, por sua vez, indicou ter bombardeado mais de 600 alvos nas últimas 24 horas e alegou que seus soldados mataram “dezenas” de combatentes em enfrentamentos.

Também nesta segunda, o Hamas publicou um vídeo a exibir três mulheres apresentadas como reféns. Uma delas pede a Netanyahu que aceite uma troca de prisioneiros para obter sua libertação.

O premiê, contudo, disse se tratar de “propaganda psicológica cruel”.

Na Faixa de Gaza, 2,4 milhões de palestinos vivem sob cerco total desde o início do mês. Há escassez de água, comida, medicamentos e combustível. De acordo com o secretário-geral da ONU, António Guterres, a situação é “cada vez mais desesperadora”. Ele também expressou preocupação sobre uma “punição coletiva” infligida aos palestinos.

A agência da ONU para os refugiados palestinos, a UNRWA, informou no último fim de semana que milhares de pessoas haviam saqueado seus centros em busca de farinha e produtos de higiene.

No domingo, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional, Karim Khan, advertiu que impedir a chegada de ajuda a Gaza poderia “constituir um crime”.

Gaza recebeu no domingo 117 caminhões de ajuda com água, alimentos e produtos médicos, segundo a OCHA, a agência humanitária da ONU, que considera o fluxo insuficiente.

(Com informações da AFP)

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