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Israel adia ofensiva total, mas faz novo ataque terrestre ‘limitado’ em Gaza

A entrada total no enclave tem sido postergada, mas, segundo ministro israelense, é ‘iminente’ e será ‘poderosa’

Israel adia ofensiva total, mas faz novo ataque terrestre ‘limitado’ em Gaza
Israel adia ofensiva total, mas faz novo ataque terrestre ‘limitado’ em Gaza
Tanques israelenses na fronteira com Gaza. Foto: Jack Guez / AFP
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O Exército Israel tornou a adiar o plano de invasão total por terra na Faixa de Gaza, mas promoveu um novo ataque terrestre ‘limitado’ nesta sexta-feira 27, vigésimo dia de conflito na região.

A informação do ataque foi confirmada pelo próprio Exército, que disse ter feito uma incursão no centro do enclave palestino “apoiada por caças e drones”. Este é o segundo ataque do tipo em dois dias.

Apesar de não avançar de forma ostensiva por terra, os militares israelenses seguem bombardeando a Faixa de Gaza em todos os pontos e de forma incessante. Até aqui, o Hamas informa que 7 mil pessoas foram mortas nos ataques. Os nomes de todas as vítimas foram divulgados nesta quinta-feira 26.

Os ataques por terra desta sexta seriam um novo capítulo da preparação para a ofensiva total. Na quinta, Israel posicionou tanques para a entrada de Gaza. O chefe do Estado Maior das Forças Armadas, Yoav Gallant, voltou a afirmar que a entrada da infantaria em Gaza é “iminente” e será “poderosa”.

Na prática, no entanto, ainda é incerto quando a entrada da infantaria de Israel no Norte da Faixa de Gaza vai acontecer. A motivação do atraso, apontam analistas, é a presença de reféns no enclave, bem como pressões internacionais contra um provável massacre de civis que será causado pela operação.

Por ora, o porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, disse que o exército continuará a realizar “ataques terrestres limitados e pontuais”.

ONU diz que ‘crimes de guerra’ preocupam

As Nações Unidas manifestaram, nesta sexta-feira 27, preocupação com a possibilidade de terem sido cometidos crimes de guerra no conflito entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, iniciado em 7 de outubro.

“Preocupa-nos que crimes de guerra estejam sendo cometidos. Estamos preocupados com a punição coletiva dos habitantes de Gaza em resposta aos ataques atrozes do Hamas, que também constituem crimes de guerra”, disse à imprensa a porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, Ravina Shamdasani, em Genebra.

(Com informações de RFI e AFP)

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