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Irã lança quase 200 mísseis e Netanyahu promete vingança: ‘Pagará por isso’
A ofensiva foi uma resposta ao assassinato do chefe do movimento libanês Hezbollah e do líder do grupo palestino Hamas
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça-feira 1º em uma reunião do gabinete de segurança que o Irã “cometeu um grande erro nesta noite e pagará por isso.”
O Irã disparou cerca de 180 mísseis contra Israel, em resposta ao assassinato do chefe do movimento libanês Hezbollah e do líder do grupo palestino Hamas, ambos aliados da República Islâmica.
“Quem nos atacar, nós atacaremos”, acrescentou Netanyahu horas após a ofensiva iraniana. O porta-voz militar Daniel Hagari reforçou o tom de vingança: “Estamos em alerta máximo na defesa e na ofensiva, protegeremos os cidadãos de Israel. Este ataque terá consequências. Temos planos e agiremos no tempo e no lugar que escolhermos”.
A Guarda Revolucionária, Exército ideológico do Irã, afirmou por sua vez que o ataque foi uma reação às mortes do chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e do líder do Hamas, Ismail Haniyeh.
Também em um tom ameaçador, os iranianos ameaçaram deflagrar “ataques devastadores” se Israel responder às salvas desta terça. As autoridades informaram ter mirado três bases militares ao redor de Tel Aviv.
O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse que o ataque de Teerã foi “totalmente inaceitável” e que todo o mundo deveria repudiá-lo. Os norte-americanos são os principais aliados dos israelenses na guerra em curso.
Além dos mísseis, Tel Aviv sofreu nesta terça um ataque com armas automáticas no bairro de Jaffa, com um saldo de seis mortos e nove feridos. Os dois responsáveis foram “neutralizados”, segundo a polícia israelense.
Não é a primeira vez que o Irã ataca diretamente seu arqui-inimigo nos últimos meses. Em 13 de abril, disparou cerca de 350 drones explosivos e mísseis contra Israel, em resposta a um bombardeio mortal sobre o consulado iraniano em Damasco, capital da Síria.
A nova ação ocorreu no dia em que Israel anunciou operações militares terrestres contra o Hezbollah no sul do Líbano e após uma semana de intensos bombardeios contra o movimento, com centenas de mortos.
(Com informações da AFP)
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