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Irã afirma que ‘não há base’ para continuar negociações indiretas com os EUA

O Irã disse em junho que havia participado de negociações com os Estados Unidos com mediação de Omã, apesar de não ter relações diplomáticas.

Irã afirma que ‘não há base’ para continuar negociações indiretas com os EUA
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O ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi. Créditos: Murtaja LATEEF / AFP
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O Irã afirmou, nesta segunda-feira 14, que atualmente não há “base” para continuar as negociações indiretas com os Estados Unidos por meio de Omã, citando a crise no Oriente Médio.

O Irã disse em junho que havia participado de negociações com os Estados Unidos com mediação de Omã, apesar de não ter relações diplomáticas.

“Atualmente não há base para tais negociações até que tenhamos deixado a crise atual para trás”, disse o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araghchi, a repórteres em Mascate, capital de Omã.

A iniciativa, explicou, foi interrompida “devido às condições específicas da região”.

O Irã disparou 200 mísseis contra Israel em 1º de outubro, alegando ter feito isso em resposta às mortes do chefe do Hezbollah libanês, Hassan Nasrallah, em um bombardeio israelense ao sul de Beirute, em 27 de setembro; e o chefe do Hamas, Ismail Haniyeh, morto em uma explosão atribuída a Israel em 31 de julho em Teerã.

Israel prometeu que responderá a esse ataque.

Omã faz há muito tempo a mediação entre o Irã e os Estados Unidos, dois países que cortaram relações após a Revolução Islâmica de 1979.

Os Estados Unidos são o principal aliado e fornecedor de armas de Israel, e o Irã apoia o movimento islamista palestino Hamas e o grupo armado Hezbollah, que combate as forças israelenses na Faixa de Gaza e no Líbano.

Durante sua viagem a Omã, Araghchi conversou por telefone com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi.

Araghchi expressou seu reconhecimento pelos esforços da China, membro permanente do Conselho composto por cinco países, para “parar o belicismo e os crimes do regime sionista” (Israel) em Gaza e no Líbano.

“A inação do Conselho de Segurança da ONU devido ao bloqueio dos Estados Unidos é um desastre”, disse Araghchi.

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