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Investigadores não conseguem acessar celular do brasileiro que tentou atirar em Cristina Kirchner
As tentativas falharam na Polícia Federal e na Polícia de Segurança Aeroportuária, informa jornal argentino


Prosseguem neste domingo 4 as investigações sobre o atentado contra a vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, na noite da última quinta-feira 1º. Na mira das apurações está o celular do brasileiro Fernando Montiel, detido após sacar uma arma e tentar atirar na líder peronista.
Prestam depoimento em Buenos Aires, neste domingo, técnicos da Polícia Federal e da Polícia de Segurança Aeroportuária que tentaram desbloquear o aparelho telefônico de Montiel.
A juíza María Eugenia Capuchetti e o promotor Carlos Rívolo, encarregados das investigações, buscam entender por que falhou o plano para acessar as informações do celular e se houve perda de dados do equipamento.
Conforme o relato de investigadores ao jornal La Nación, o aparelho foi apreendido logo após o atentado. A Polícia Federal foi o primeiro órgão a acessar o celular, mas não conseguiu destravá-lo, mesmo utilizando um software específico para isso.
Na noite da sexta-feira 2, Montiel disse, em uma tentativa de depoimento, que não autorizava o desbloqueio do aparelho. Também se negou a falar sobre a tentativa de assassinar Cristina Kirchner.
Na sequência, o celular chegou às mãos da Polícia de Segurança Aeroportuária em Ezeiza, na Grande Buenos Aires, que tentaria desbloqueá-lo com uma versão superior à do programa utilizado pela PF.
Ao tentarem acessar as informações do telefone, no entanto, os técnicos da PSA notaram uma mensagem a indicar que o aparelho havia sido formatado. Por isso há, em teoria, um risco de perda de dados.
Os depoimentos deste domingo são fundamentais para compreender o que houve com o celular e se será possível recuperar o conteúdo para dar sequência às apurações sobre o atentado.
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