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Investigado na Argentina, Macri anuncia que dará aulas nos Estados Unidos
O ex-presidente será ‘mentor’ de novas lideranças políticas em um centro de estudos sobre liberalismo econômico
O ex-presidente da Argentina Mauricio Macri anunciou que, em 2022, trabalhará como professor nos Estados Unidos, por meio de um programa acadêmico do Centro de Liberdade Econômica Adam Smith, na Universidade Internacional da Flórida. O comunicado foi divulgado nas redes sociais na terça-feira 5.
Macri declarou que será um “mentor para futuros líderes no âmbito do desenho de políticas públicas, com ênfase no progresso da América Latina” e manifestou “muita alegria e gratidão”. Na postagem, o ex-presidente, que está nos Estados Unidos desde 25 de setembro, inseriu uma foto em que aparece ao lado de outros integrantes da instituição.
O ex-chefe de Estado, no entanto, estava proibido de sair da Argentina, devido a uma decisão judicial de 1º de outubro. Ele é alvo de uma investigação que apura uma suposta espionagem de familiares de tripulantes de um submarino que naufragou em 2017, com 44 pessoas.
Depois do náufrago, o submarino desapareceu. Os parentes das vítimas, então, realizaram uma série de mobilizações em frente à Casa Rosada para pressionar o governo Macri a continuar com as buscas. O submarino foi encontrado um ano após a tragédia, em destroços.
Os manifestantes, porém, tinham declarado suspeitas de grampos em seus telefones e solicitaram a apuração pelo governo, mas, como não quiseram entregar os seus aparelhos, diante de exigências do procedimento, a investigação não confirmou as dúvidas.
Macri deveria prestar depoimento nesta quinta-feira 7, segundo agendamento da Justiça argentina. O ex-presidente ainda não informou em público se comparecerá. Nas redes sociais, sua adversária política Cristina Kirchner fez um comentário irônico sobre a notícia:
“Na verdade, não sei se rio por Macri dar aulas ou choro por sua burla à Justiça”, escreveu a vice-presidenta no Twitter.
Em 30 de setembro, Macri postou nas redes fotos do evento de lançamento do seu livro Primeiro Tempo, nos Estados Unidos. Em 4 de outubro, também informou ter levado a obra para a Universidade da Flórida. O livro, que já está à venda, propaga seus ideais partidários.
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