Mundo

Investigação da ONU acusa Israel de querer ‘destruir’ o sistema de saúde em Gaza

O governo israelense afirmou que a comissão das Nações Unidas pratica ‘discriminação sistemática’ contra o país

Investigação da ONU acusa Israel de querer ‘destruir’ o sistema de saúde em Gaza
Investigação da ONU acusa Israel de querer ‘destruir’ o sistema de saúde em Gaza
Interior de hospital em Gaza após primeiros bombardeios de Israel - Foto: AFP
Apoie Siga-nos no

Investigadores da ONU acusaram Israel de “crimes de guerra e crimes contra a humanidade” por atacar deliberadamente instalações de saúde na Faixa de Gaza, enquanto torturam e matam o pessoal médico.

“Israel promove uma política orquestrada de destruição do sistema de saúde de Gaza como parte da sua ofensiva em Gaza”, disse a Comissão Internacional de Investigação Independente das Nações Unidas em um comunicado nesta quinta-feira 10.

O país “comete crimes de guerra e crimes contra a humanidade, extermínio, com ataques incessantes e deliberados contra pessoal e instalações médicas”, acrescentaram.

Esta comissão de três membros, criada pelo Conselho de Direitos Humanos em maio de 2021 para investigar suspeitas de violações do direito internacional em Israel e nos territórios palestinos, publicou o seu segundo relatório desde que a guerra eclodiu no enclave palestino, após o ataque de 7 de outubro de 2023 realizado pelo movimento islamista Hamas contra o sul de Israel.

O relatório destaca os maus-tratos infligidos aos palestinos detidos em Israel e aos reféns sequestrados pelo Hamas em Gaza, acusando tanto Israel como os grupos armados palestinos de “tortura” e violência sexual.

Israel, por sua vez, acusou a comissão de “discriminação sistemática” contra si e rejeitou completamente as conclusões do relatório de junho, que o acusou de cometer crimes contra a humanidade, entre eles o “extermínio” em Gaza.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo