Economia

Inflação dos EUA cai a 2,9% em julho

A diminuição da inflação deve-se sobretudo à queda dos preços dos veículos, novos e usados e, em menor medida, do vestuário e dos combustíveis

Inflação dos EUA cai a 2,9% em julho
Inflação dos EUA cai a 2,9% em julho
Foto: Brendan SMIALOWSKI / AFP
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A inflação nos Estados Unidos caiu para 2,9% em julho face aos 3% do mês anterior, o seu nível mais baixo desde março de 2021, segundo dados publicados nesta quarta-feira (14) pelo Departamento do Trabalho, o que representa um sinal positivo para o Federal Reserve (Fed, banco central) baixar as suas taxas de juros.

O índice IPC ficou ligeiramente abaixo da média dos economistas consultados pela Dow Jones, Newswires e The Wall Street Journal.

Contudo, os preços aumentaram 0,2% na comparação mensal com junho, quando eram de 0,1%. Esta tendência corresponde às expectativas dos analistas, segundo o consenso do MarketWatch.

A inflação subjacente – a que descarta as variações de produtos voláteis como alimentos e energia – foi de 3,2% na comparação anual, também de acordo com as expectativas do mercado e em leve retrocesso face ao mês anterior (3,3%).

A diminuição da inflação deve-se sobretudo à queda dos preços dos veículos, novos e usados e, em menor medida, do vestuário e dos combustíveis.

Os serviços, excluindo a energia, principais impulsionadores da inflação, aumentaram na comparação mensal: 0,3% em julho ante 0,1% em junho.

Em conjunto, a tendência de aumento dos preços indica que o objetivo de longo prazo de 2% em termos anuais estabelecido pelo Federal Reserve poderia ser alcançado.

Até agora, a instituição se recusou a reduzir as taxas de juros, por considerar que ainda não dispõe de dados que demonstrem que este objetivo será alcançável e sustentável a longo prazo.

Os Estados Unidos registraram um pico de inflação de 9,5% em termos homólogos em junho de 2022, depois da reabertura da economia global após a pandemia de covid-19.

O Federal Reserve respondeu aumentando as taxas de juros, que subiram para um intervalo entre 5,25% e 5,50%, o seu nível mais alto desde o início do século.

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