Indígenas e negros na Colômbia entregam mandato simbólico a Petro

Milhares de pessoas gritaram palavras de ordem em favor do primeiro governo de esquerda da história do país

Foto: Juan BARRETO / AFP

Apoie Siga-nos no

Povos indígenas, afrodescendentes, ciganos e agricultores da Colômbia entregaram o mandato presidencial ao esquerdista Gustavo Petro em uma cerimônia simbólica em Bogotá, na véspera de sua posse oficial em 7 de agosto.

“Recebo com grande emoção este mandato popular e espiritual”, disse o ex-senador e ex-guerrilheiro de 62 anos após participar de um ritual ancestral em um parque central da capital.

Milhares de pessoas agitaram bandeiras de diferentes organizações sociais e gritaram palavras de ordem em favor do primeiro governo de esquerda da história da Colômbia.

As comunidades entregaram ao presidente um documento com suas principais demandas: paz em territórios remotos, defesa do meio ambiente, proteção das minorias, transformação das políticas antidrogas, defesa dos direitos humanos, renovação das forças armadas, entre outras.

“Compartilhamos nosso profundo sentimento de felicidade e responsabilidade pela chegada deste projeto político nascido nas entranhas dos povos e caracterizado pelo interesse em contribuir para a mudança”, disse uma das porta-vozes indígenas.

Foto: Juan BARRETO / AFP


Petro assumirá o poder no domingo para substituir o conservador Iván Duque (2018-2022) em um mandato de quatro anos, sem possibilidade de reeleição por ordem constitucional.

Em um país de 50 milhões de habitantes, castigado pela inflação (10,2% interanual), desemprego (11,7%) e pobreza (39%), o governo eleito propõe uma bateria de reformas para reduzir o abismo entre ricos e pobres , proteger o meio ambiente, entre outros propostas.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.