Império em transe

Os sinais de decadência da maior potência mundial estão por todos os lados, da economia aos costumes

Atraso. As mulheres são obrigadas a defender seus direitos básicos em pleno século XXI. E 30% dos adultos não se vacinaram - Imagem: Patrick Fallon/AFP e Elijah Nouvelage/AFP

Apoie Siga-nos no

Os Estados Unidos estão na iminência de um colapso. Ataques como os do último sábado 14, na cidade de Buffalo, que deixou dez mortos e é considerado um dos massacres racistas mais sangrentos da história recente do país fazem parte de um movimento no qual a democracia tem sido posta à prova dia após dia.

Tiroteios em massa inspirados por ­teorias xenófobas e delirantes, entre elas a chamada “A Grande Substituição”, tese segundo a qual os brancos deliberadamente têm sido substituídos por negros, latinos, asiáticos e outras “raças” e correm o risco de extinção, ganham cada vez mais espaço na extrema-direita e nos mais de 730 grupos de supremacistas mapeados, mas não só. O Partido Republicano, uma das faces da moeda do bipartidarismo que sustenta a República há mais de um século, foi infiltrado por um radicalismo que ameaça a sobrevivência do próprio sistema. Há tempos teorias conspiratórias tecem o imaginário norte-americano. Algumas são aparentemente mais inofensivas do que outras, como a de que a Terra é plana ou a de que o homem não pisou na Lua, mas, a partir dos ataques de 11 de Setembro de 2001, o que para muitos era motivo de piada, transmutou-se, no melhor dos cenários, em uma sucessão de catarses coletivas. O U.S. ­Immigration and Customs Enforcement’s (ICE), departamento de imigração que tem como lema “Mantendo a América Segura”, é um dos grandes produtos da era pós-11 de Setembro, criado com o intuito de proteger “nós” da invasão “deles”.

Leia essa matéria gratuitamente

Tenha acesso a conteúdos exclusivos, faça parte da newsletter gratuita de CartaCapital, salve suas matérias e artigos favoritos para ler quando quiser e leia esta matéria na integra. Cadastre-se!

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.