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Igreja católica hondurenha pede que não se vote em traficantes de drogas nas eleições de novembro

Bispos da influente Conferência Episcopal disseram que a escolha é fundamental para ‘reconquistar o Estado de direito’

Foto: Orlando Sierra/AFP
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A Igreja Católica hondurenha pediu nesta quarta-feira 13 aos eleitores que não votassem em traficantes de drogas e corruptos nas eleições gerais de 28 de novembro, para “reconquistar o Estado de direito”.

 

“Escolha candidatos que não estejam manchados pela corrupção, crime organizado e tráfico de drogas”, exigiram os 13 bispos da influente Conferência Episcopal, em mensagem à população hondurenha.

“Além da militância política que muitos professam e além das preferências e simpatias pessoais, existe o dever moral e a obrigação patriótica de recuperar o Estado de direito”, acrescentou o documento.

Honduras foi classificada como “narco-estado” em um julgamento contra o ex-deputado do governante Partido Nacional (PN, de direita), Juan Antonio “Tony” Hernández, irmão do presidente Juan Orlando Hernández, no Tribunal do Distrito Sul de Nova York.

“Tony” Hernández foi condenado à prisão perpétua em março de 2021 como traficante de drogas em “grande escala”. No julgamento, o presidente testemunhou rejeitando as acusações e as atribuindo a uma vingança dos traficantes por perseguir os cartéis de drogas.

“O Estado de direito é o caminho essencial que nos levará a reabilitar a democracia”, conclamaram os bispos.

Exortaram os partidos políticos a “estabelecerem alianças sobre princípios que garantam um projeto nacional” e os candidatos a apresentarem “um plano sério, pensado, raciocinado e bem fundamentado que responda aos graves problemas atuais”.

O candidato do PN, Nasry Asfura, apontado por supostos atos de corrupção, é uma figura favorita nas pesquisas de intenção de voto para ganhar a presidência nas eleições gerais.

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