Hungria: Trump pede reeleição de Orban, outro extremista de direita

Em um comunicado, o norte-americano afirma que o húngaro tem seu 'total apoio e aprovação'; o endosso gerou críticas entre os democratas'

O primeiro-ministro ultranacionalista Viktor Orban. Foto: Zoltan Mathe/Pool/AFP

Apoie Siga-nos no

O ex-presidente americano Donald Trump manifestou nesta segunda-feira 3 seu apoio ao primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, político de extrema direita acusado de autoritarismo que ele descreve como um “grande líder”, a quatro meses das eleições.

 

 

Em um comunicado, Trump afirma que o líder húngaro tem seu “total apoio e aprovação” para as eleições de abril, que devem ser acirradas.

Orban “ama seu país de todo o coração e busca a segurança para seu povo”, disse Trump em uma declaração altamente elogiosa na qual pede apoio ao premiê.


Segundo Trump, Orban fez um “trabalho maravilhoso protegendo a Hungria, contendo a imigração ilegal, criando empregos, comércio, e deve ter permissão para continuar a fazê-lo nas próximas eleições. É um líder forte e respeitado por todos”.

O endosso gerou críticas entre os democratas. “Trump está simplesmente dizendo em voz alta o que o Partido Republicano há muito aceitou: preferem a autocracia à democracia liberal”, denunciou Ben Rhodes, que foi um alto assessor do ex-presidente Barack Obama, no Twitter.

Quando estava no poder, Trump recebeu Orban na Casa Branca em 2019, apesar de muitos líderes europeus terem criticado o dirigente húngaro por suas posições sobre migrantes e pessoas LGBT.

Orban, por sua vez, lamentou a perda de um “importante apoio internacional” após a saída de Trump da Casa Branca e pediu que não houvesse julgamento pelo ataque ao Capitólio por apoiadores do bilionário republicano.

Orban foi saudado tanto pela ala de Trump do Partido Republicano quanto por líderes europeus de extrema-direita, como Marine Le Pen, na França, especialmente por sua recusa em aceitar refugiados.

No cargo desde 2010, Orban enfrentará Peter Marki-Zay, que se descreve como um conservador católico tradicional, que prometeu eliminar as leis homofóbicas se for eleito.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.