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Hungria elege um novo presidente após renúncia por indulto polêmico

Katalin Novak deixou o poder após um controverso indulto a um condenado por pedofilia

O novo presidente da Hungria, Tamas Sulyok. Foto: Attila Kisbenedek/AFP
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O Parlamento da Hungria elegeu, nesta segunda-feira 26, o novo presidente do país, depois que sua antecessora renunciou em virtude de um escândalo provocado pelo indulto a um condenado por pedofilia.

Tamas Sulyok, jurista de 67 anos que dirigia o Tribunal Constitucional desde 2016, substituirá Katalin Novak, a primeira mulher presidente do país.

Sulyok prestou juramento ao término da votação e assumirá suas funções em 5 de março.

A eleição ocorre semanas depois de Novak ter apresentado sua renúncia, em 10 de fevereiro, após uma polêmica desatada em virtude do indulto que ela concedeu a um antigo sub-diretor de um abrigo para menores em abril de 2023.

Novak, próxima politicamente ao primeiro-ministro Viktor Orbán, reconheceu ter cometido “um erro” quando anistiou, durante a visita do Papa a Budapeste, o sub-diretor.

O homem foi condenado em 2022 a mais de três anos de prisão por encobrir os abusos sexuais que seu diretor cometeu contra crianças e adolescentes do abrigo.

A oposição do país vinha pedindo a renúncia de Novak, ex-ministra de Assuntos da Família, desde que o portal de notícias independente 444 revelou a decisão.

Para substituir Novak, o partido governante Fidesz apostou em um perfil muito mais discreto e sem filiação política.

Dessa maneira, Orbán tenta encerrar um escândalo que desencadeou grandes manifestações no país em fevereiro, com 130.000 pessoas nas ruas, segundo uma contagem da televisão RTL.

Novak se tornou em março de 2022 a primeira mulher presidente da Hungria, uma função essencialmente protocolar.

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