O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, bloqueou nesta sexta-feira 15 uma ajuda à Ucrânia de 50 bilhões de euros, o equivalente a 269 bilhões de reais, depois que os governantes da União Europeia (UE) contornaram a sua recusa a iniciar conversas para a adesão de Kiev ao bloco.
“Resumo do turno da noite: veto ao dinheiro adicional à Ucrânia, veto à revisão do orçamento plurianual europeu. Retomaremos o assunto no ano que vem, após os devidos preparativos”, publicou Orban nas redes sociais.
Pouco depois, o primeiro-ministro húngaro exigiu que “a totalidade dos fundos europeus”, dos quais bilhões de euros destinados ao seu país estão bloqueados, fosse liberada. Neste caso, ele passaria a considerar a possibilidade de retirar seu veto ao envio de uma nova ajuda para a Ucrânia.
“Sempre disse que se alguém quiser apresentar uma emenda ao orçamento da UE (…) a Hungria aproveitaria a ocasião para reivindicar claramente o que merece. Não a metade, não um quarto, e sim a totalidade”, declarou o chefe de Governo nacionalista em uma entrevista à rádio estatal.
A UE planeja fornecer à Ucrânia uma ajuda de 50 bilhões de euros ao logo de quatro anos a partir de 2024. Os líderes reunidos em Bruxelas, no entanto, não conseguiram convencer a Hungria a retirar o veto à ajuda para a Ucrânia.
Kiev considera a nova ajuda crucial, no momento em que o financiamento dos Estados Unidos, de mais de 60 bilhões de dólares, continua bloqueado no Congresso.
“Queremos ser tratados de forma justa e agora temos uma boa oportunidade para defender o nosso ponto de vista”, disse Orban.
(Com informações de AFP)
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