Mundo
Homem é multado na Rússia por pintar o cabelo com as cores da Ucrânia
Stanislav Netessov foi considerado culpado de ‘desacreditar’ o Exército russo


Um tribunal multou um moscovita por pintar os cabelos de amarelo a azul, as cores da Ucrânia, em um novo exemplo da repressão de qualquer dissidência na Rússia, informou a imprensa russa nesta segunda-feira 20.
Segundo o Mediazona, especializado em assuntos judiciais relacionados à repressão, Stanislav Netessov foi a uma delegacia no fim de abril após ter sido agredido em um ponto de ônibus em Moscou por um desconhecido que roubou seu celular.
Os policiais, no entanto, se deram conta da cor de seus cabelos e iniciaram uma investigação administrativa contra ele.
No início de maio, foi considerado culpado de ter “desacreditado” o Exército russo e condenado a uma multa de 50.000 rublos (2.808 reais na cotação atual), segundo o Mediazona.
Em uma entrevista à ONG OVD-Info, Netessov assegurou que não apoiava a Ucrânia nem a ofensiva russa, e que a cor de seus cabelos era “um acidente”.
Qualquer crítica pública ao ataque à Ucrânia pode levar a multas ou a penas de prisão.
Há dois anos, milhares de russos vem sendo condenados por “desacreditar” o Exército russo.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.
Leia também

A ofensiva russa na Ucrânia pode se intensificar, alerta Zelensky
Por AFP
Mãe e filho de 4 anos morrem em ataque ucraniano contra a Rússia
Por AFP
Blinken afirma na Ucrânia que ajuda militar americana ‘está a caminho’
Por AFP