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Harpia quer repetir sucesso global da Embraer

Joint venture formada pela fabricante de aviões brasileira e pela israelense Elbit System quer abocanhar parte de um mercado anual de 6,5 bilhões de dólares

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De Londres e São Paulo

Com Marsílea Gombata

A partir de 2014, o Brasil deve entrar para o crescente grupo de produtores de aeronaves não tripuladas, ou drones. A Harpia Sistemas, empresa criada por uma parceria da Embraer, AEL Sistemas (subsidiária brasileira da israelense Elbit System) e Avibras, já trabalha para montar um protótipo do drone nacional Falcão, além de sistemas automáticos de controle para estes aviões.

A intenção da joint venture, segundo a Embraer, é consolidar a Harpia como a “Empresa das Aeronaves Remotamente Pilotadas do Brasil” e repetir o sucesso mundial alcançado pela própria Embraer. A empresa também quer abocanhar parte do mercado mundial de Sistemas Aéreos Remotamente Pilotados (SARP), estimado em 6,5 bilhões de dólares por ano.

Com planos ambiciosos, a Harpia foi criada no âmbito da Estratégia Nacional de Defesa para capacitar a indústria brasileira no setor de drones e desenvolver novas tecnologias – parte delas transferidas pela Elbit, uma das líderes mundiais na área.

Segundo a Embraer, a Harpia poderá desenvolver SARPs de pequeno porte, mas tem focado esforços na criação de aeronaves de médio e grande portes (acima de 500 quilos) para atender às necessidades das Forças Armadas do Brasil, seu principal cliente. A empresa busca, por isso, desenvolver um SARP capaz de realizar “missões de inteligência, vigilância, aquisição de alvo e reconhecimento”.

Entre os produtos da Harpia está o protótipo do Falcão, um drone desenvolvido pela Avibras, que possui “uma arquitetura de sistemas e tecnologias de navegação e controle e de pouso e decolagens automáticas totalmente nacionais”. O projeto também contou com recursos do Exército, da Aeronáutica e da Marinha.

Devido à possibilidade de uso civil, a joint venture também pretende apostar neste mercado, no qual é crescente o interesse de entidades de controle e monitoramento ambiental na aquisição de drones, além de indústrias de energia, petróleo e setores da agricultura. O uso civil de aviões não tripulados, no entanto, ainda precisa ser regulamentado.

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