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Hamas faz nova proposta de trégua em Gaza; saiba os detalhes

O objetivo é de que o conflito seja interrompido por, pelo menos, seis semanas

Palestinos transportam, de forma precária, corpo de mortos durante o conflito entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Foto: AFP
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O Hamas, que exigia até agora um cessar-fogo definitivo com Israel em Gaza, optou por fazer uma nova proposta de trégua no conflito. O objetivo é interromper as ações militares no enclave por, pelo menos, seis semanas.

A proposta do Hamas foi revelada nesta sexta-feira 15 e já estaria nas mãos de Israel. O detalhes são da agência de notícias AFP, que conversou com um dos representantes do grupo islamista.

Durante a trégua, o grupo pretende trocar reféns por palestinos aprisionados por Israel. Se a negociação avançar, o Hamas pretende libertar 42 sequestrados no ataque de 7 de outubro. Em troca, pede que um grupo entre 20 e 50 palestinos por cada refém seja libertado das prisões de Israel.

A troca envolve, principalmente, mulheres, crianças, idosos e enfermos.

Israel calcula que 130 reféns sequestrados pelo movimento islamista em seu território em 7 de outubro continuam retidos em Gaza e que 32 já teriam sido mortos.

No total, os milicianos do Hamas, que executaram um ataque surpresa na data contra o sul de Israel, sequestraram mais de 250 pessoas e as levaram para Gaza. Na ação, ao menos 1.160 pessoas foram assassinadas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP baseado em dados divulgados pelas autoridades de Israel.

A resposta israelense deixou mais de 31.000 mortos na Faixa e provocou uma situação humanitária extrema, com centenas de milhares de pessoas à beira da fome.

Em uma primeira trégua, no final de novembro, dezenas de reféns, incluindo alguns estrangeiros, e prisioneiros palestinos detidos em penitenciárias de Israel foram libertados.

Se a nova trégua de seis semanas for concretizada, o movimento islamista também exigirá a “retirada do Exército de todas as cidades e zonas residenciais, o retorno dos deslocados sem restrições” e a entrada de pelo menos 500 caminhões de ajuda humanitária por dia, segundo a fonte do Hamas.

Ao final da primeira fase, o Hamas quer alcançar “uma troca global de prisioneiros”, que incluiria a “libertação de oficiais e soldados israelenses capturados e daqueles que morreram nas mãos do Hamas e de outros movimentos”, em troca de um número não determinado de detentos palestinos, acrescentou.

A conclusão do processo, indicou o representante do Hamas, seria uma retirada total israelense da Faixa de Gaza, onde o Exército iniciou uma invasão terrestre em 27 de outubro, um cessar-fogo permanente, a reconstrução do território devastado e a suspensão do bloqueio imposto por Israel.

Israel se recusa a sair da Faixa de Gaza e afirma que isto seria o equivalente a uma vitória do Hamas, que governa o território desde 2007.

Antes do anúncio do Hamas, o gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou na quinta-feira que o Hamas apresentava demandas “pouco realistas”.

(Com AFP)

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