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Hamas diz colaborar com ‘mediadores’ para libertar mais reféns; duas americanas deixaram Gaza

Mãe e filha estavam no enclave desde 7 de outubro, dia em que o grupo palestino executou um ataque contra Israel

Visão aérea da cidade de Al-Zahra, no sul da Faixa de Gaza, em 20 de outubro de 2023. Foto: Belal Alsabbagh/AFP
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O Hamas libertou nesta sexta-feira 20 duas cidadãs americanas – mãe e filha – “por razões humanitárias”, segundo um comunicado do grupo. Elas estavam detidas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro, dia em que o movimento palestino executou um ataque sem precedentes contra Israel.

A medida responde aos esforços do Catar para “provar ao povo americano e ao mundo que as alegações feitas pelo [presidente dos EUA Joe] Biden e pela sua administração fascista são falsas e infundadas”, disse um porta-voz do Hamas.

Após a libertação, o Hamas também afirmou que “trabalha com todos os mediadores envolvidos para aplicar a decisão do movimento de encerrar o caso dos [reféns] civis, se as condições de segurança apropriadas permitirem”.

O governo israelense identificou as mulheres como Judith Raanan e Natalie Raanan. Antes de chegar a Israel, a dupla passou em consulta com a Cruz Vermelha Internacional.

Na sequência, representantes do governo se encontraram com as duas mulheres na fronteira de Gaza e as levaram a uma base militar próxima, onde elas se reuniram com familiares.

“O governo de Israel, as Forças de Defesa de Israel e todo o sistema de segurança continuarão a operar com o melhor de suas habilidades e esforços para localizar todos os reféns e trazê-los para casa”, diz um comunicado do gabinete do primeiro-ministro de extrema-direita Benjamin Netanyahu.

Judith e Natalie moram em Evanston, no estado de Illinois, nos arredores de Chicago, e haviam viajado a Israel para comemorar o aniversário de um parente, segundo o veículo israelense. A família estava no kibutz Nahal Oza, a cerca de um quilômetro e meio da fronteira de Gaza quando o Hamas deflagrou o ataque.

Natalie, de 18 anos, formou-se recentemente no ensino médio, de acordo com informações da família.

Desde 7 de outubro, o Estado de Israel bombardeia de forma incessante a Faixa de Gaza. Nesta sexta-feira, o número de mortos no enclave desde o início da guerra chegou a 4.137. Outras 13.162 pessoas estão feridas, de acordo com o Ministério da Saúde, comandado pelo Hamas.

Cerca de 200 reféns israelenses, estrangeiros e cidadãos com dupla nacionalidade foram levados a Gaza pelo Hamas em 7 de outubro.

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