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Haiti corre risco de guerra civil se não houver intervenção internacional, diz ministro

A ONU continua a expressar preocupação com a violência das gangues, o aumento de assassinatos e sequestros e a violência sexual no país

Haitianos trabalham em Jeremie em meio à tragédia causada por um terremoto em 6 de junho. Foto: Richard Pierrin/AFP
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O risco de guerra civil no Haiti, atingido pela violência crescente das gangues, é bastante elevado sem a intervenção de uma força internacional que ajude a polícia, alertou nesta sexta-feira 16 um ministro haitiano ante a ONU.

“O governo solicitou ajuda internacional na forma de uma força armada robusta e com um mandato claro para apoiar a polícia nacional haitiana”, declarou Ricard Pierre, ministro de Planejamento e Cooperação Externa, em conferência sobre a situação humanitária dramática no país caribenho. “O certo é que, se este pedido não for atendido em um prazo razoável, o risco de guerra civil é quase certo.”

A ONU continua a expressar preocupação com a extensão da violência das gangues, o aumento de assassinatos e sequestros e a violência sexual no Haiti. Diante da presença policial escassa, moradores começaram a cuidar da própria segurança. Em abril, por exemplo, um grupo de civis se apoderou de membros de gangues detidos, agrediu-os até a morte e queimou seus corpos na rua.

Mais de seis meses após o pedido de ajuda do premier Ariel Henry, nenhum país se apresentou como voluntário para liderar uma força internacional no Haiti. A reunião desta sexta na ONU se concentrou, principalmente, na situação humanitária e alimentar do país, onde cerca da metade de seus 11 milhões de habitantes não têm o suficiente para comer.

A ONU pediu em abril 719 milhões de dólares a serem destinados ao Haiti, quase o dobro do ano anterior. No entanto, apenas 20% do total foi financiado até agora, informou.

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