Mundo

Há 4 anos, então vice de Trump virou ‘traidor’ para a extrema-direita e sofreu ameaças

Gritos de ‘enforquem Mike Pence’ marcaram a invasão ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021

Há 4 anos, então vice de Trump virou ‘traidor’ para a extrema-direita e sofreu ameaças
Há 4 anos, então vice de Trump virou ‘traidor’ para a extrema-direita e sofreu ameaças
O ator Jake Angeli, militante de extrema-direita que invadiu o Capitólio, nos Estados Unidos. Foto: Saul Loeb/AFP
Apoie Siga-nos no

Quando anunciou o senador J.D. Vance como seu candidato a vice-presidente, no ano passado, Donald Trump reforçou a aposta em um aliado que, apesar do passado crítico, se mostrou leal nos últimos tempos. A pressão sobre o congressista, contudo, tende a se manter até os derradeiros segundos do novo governo.

Nesta segunda-feira 6, o Congresso certifica a vitória de Trump sobre Kamala Harris, vice-presidente e candidata democrata à Casa Branca na disputa do ano passado. Há exatos quatro anos, centenas de apoiadores do republicano invadiram o Capitólio, em Washington, para impedir a ratificação da eleição de Joe Biden.

Escolhido para vice de Trump em 2016, Mike Pence jurou lealdade ao magnata, mas terminou o mandato sob a pecha de traidor por não embarcar na trama que tentou impedir a certificação do triunfo de Biden.

Não à toa, Pence afirmou, em março de 2024, que não apoiaria Trump em sua tentativa de voltar à Casa Branca.

Após várias tentativas fracassadas de Trump e seus aliados de anular a votação de 2020, o então presidente encorajou seus apoiadores a marchar até o Capitólio, onde, aos gritos de “enforquem Mike Pence”, vandalizaram o prédio.

Já no início de 2023, Pence afirmou que Trump teria de responder à história por seu papel no ataque ao Capitólio. “Eu não tinha o direito de reverter a eleição. E as palavras imprudentes dele colocaram em perigo a minha família e todos que estavam no Capitólio naquele dia. Sei que a história responsabilizará Donald Trump.”

Os invasores de 6 de janeiro de 2021 agrediram com barras de ferro os policiais e quebraram vidraças antes de entrar no edifício.

Naquele dia, quatro pessoas morreram, duas delas por ataque cardíaco e outra por uma possível overdose. A última, Ashli Babbitt, foi morta por um policial quando tentava entrar à força na Câmara de Representantes.

Donald Trump acompanhou a balbúrdia pela televisão de dentro da Casa Branca e só pediu tranquilidade depois de horas.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo