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Guiana acionará Conselho de Segurança da ONU contra Venezuela

O presidente da Guiana, Irfaan Ali, disse ainda que pretende envolver outros países na discussão sobre Essequibo; Brasil é uma das nações citadas

Guiana acionará Conselho de Segurança da ONU contra Venezuela
Guiana acionará Conselho de Segurança da ONU contra Venezuela
Irfaan Ali, na ONU. Foto: Bryan R. Smith / AFP
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A Guiana vai acionar o Conselho de Segurança da ONU contra a Venezuela após Nicolás Maduro anunciar novas medidas para incorporação de Essequibo, uma região rica em petróleo disputada pelos dois países.

De acordo com o presidente da Guiana, Irfaan Ali, a criação da Guiana Essequiba, anunciada por Maduro nesta terça-feira  vai contra o direito internacional. Ele informou já ter tido uma primeira conversa com António Guterres, secretário-geral da ONU sobre a questão.

“Isso vai contra o direito internacional e constitui uma grande ameaça à paz e à segurança internacionais. A Guiana levará amanhã esta questão ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, para que sejam tomadas medidas apropriadas por esse órgão”, anunciou Ali em coletiva concedida nesta terça.

Pouco antes, Maduro, movido pelo resultado de um referendo no final de semana, informou ter iniciado o processo de discussão legislativa para a criação da Guiana Essequiba. A votação do projeto de lei está programada para esta quarta 6. Em caráter provisório, a Venezuela nomeou o general Rodríguez Cabello como única autoridade da região em disputa.

Na coletiva, o venezuelano também ordenou a concessão de licenças para explorar petróleo, gás e minérios na área disputada. Um novo mapa da Venezuela com a Essequibo incorporada foi exibido por Maduro na entrevista.

Além da ONU, Irfaan Ali disse que pretende acionar também blocos de países do Caribe e das Américas contra ação da Venezuela, bem como membros da Commonwealth.

O Brasil é uma das nações que Ali pretende trazer para a discussão. A escalada na tensão entre Ali e Maduro já preocupa a gestão Lula, que tenta se afastar do conflito, mas posicionou, de forma preventiva, blindados na fronteira com os dois países.

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