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Guerra na Síria chega a mais de 507.000 mortos em 13 anos

No balanço divulgado na véspera do aniversário do longo conflito são 164.000 civis mortos, entre eles mais de 15.000 mulheres e 25.000 crianças

Homens sírios carregam bebês em meio a conflito em Aleppo, em setembro de 2016. Foto: Ameer al-Halbi/AFP
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A guerra na Síria matou mais de 507.000 pessoas, indicou uma ONG nesta quinta-feira (14), véspera do 13º aniversário do início do conflito, que deixou milhares de deslocados.

A repressão brutal por parte do governo da mobilização popular que surgiu em 15 de março de 2011 desencadeou uma guerra civil da qual acabaram participando Exércitos estrangeiros e grupos jihadistas.

O Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), uma ONG com sede no Reino Unido, mas que conta com uma ampla rede de fontes no terreno, afirmou que mais de 164.000 civis, entre eles mais de 15.000 mulheres e 25.000 crianças, perderam a vida.

Mais de 343.000 combatentes, incluindo soldados, milicianos de grupos pró-iranianos, forças curdas e jihadistas do Estado Islâmico, também morreram, acrescentou a organização.

Em março de 2023, o balanço total era de 503.000 vítimas mortais.

O regime do presidente sírio, Bashar al Assad, recuperou progressivamente o território que havia perdido, com o apoio de seus aliados, Irã e Rússia. Mas amplas regiões do norte do país seguem fora do controle do governo.

A ONU indicou que, em 2024, 16,7 milhões de pessoas na Síria necessitam de algum tipo de ajuda humanitária ou proteção, “o maior número desde o início da crise em 2011”.

A guerra fez estragos na economia síria, em suas infraestruturas e em sua indústria, ao que se somou o impacto das sanções ocidentais.

Pelo menos 7,2 milhões de deslocados internos vivem na Síria, segundo dados da ONU.

O terremoto que sacudiu o noroeste do país, e também o sul da Turquia em fevereiro do ano passado, recrudesceu a situação de todos eles.

Noventa por cento da população vive abaixo do nível da pobreza. Mas o coordenador humanitário regional da ONU, David Carden, assegurou, na semana passada, que é muito difícil arrecadar fundos para o programa de ajuda.

Suhair Zakkout, porta-voz do Comitê Internacional da Cruz Vermelha em Damasco, advertiu que o conflito teve “consequências devastadoras” para todos os sírios e provocou uma “dor inimaginável”.

“Na Síria há uma geração que só conheceu a perda, o deslocamento e a guerra”, disse.

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