Mundo
Guerra comercial: União Europeia promete ‘resposta firme’ a tarifas de Trump
Assim como o Brasil, o bloco também foi atingido pela nova política comercial do presidente dos Estados Unidos
A União Europeia advertiu nesta sexta-feira 14 que responderá com firmeza à decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de adotar novas tarifas no comércio exterior.
“A UE reagirá com firmeza e imediatamente contra as barreiras injustificadas ao comércio livre e justo, inclusive quando as tarifas são utilizadas para desafiar políticas legais e não discriminatórias”, anunciou a Comissão Europeia, o braço Executivo da UE, em um comunicado.
“A UE mantém algumas das menores tarifas do mundo e não vê justificativa para o aumento das americanas em suas exportações”, afirmou a Comissão.
Na quinta-feira, Trump anunciou que vai impor “tarifas recíprocas” aos seus parceiros comerciais, em uma declaração que provocou o alerta de uma guerra comercial com aliados e rivais.
Trump chamou de “absolutamente brutal” a política comercial da UE em relação aos Estados Unidos e disse que vários aliados comerciais de Washington eram “piores que inimigos”.
Para a UE, porém, “as tarifas aumentam a incerteza econômica e interrompem a eficiência e integração dos mercados globais”.
O bloco europeu, acrescenta a nota, acredita em associações comerciais que são “mutuamente benéficas e equilibradas, baseadas na transparência e equidade”. Também insiste que suas tarifas sobre importações “estão entre as menores do mundo”.
A resposta do bloco a Trump, apesar da promessa de ser firme, ainda não foi detalhada. No primeiro mandato do republicano, quando também impôs taxas que atingiam mercados europeus, o bloco adotou represálias em produtos específicos, centradas, por exemplo, no bourbon e nas motocicletas Harley-Davidson americanas.
(Com AFP)
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Além do Brasil, quais países Trump cita em comunicado sobre impor tarifas recíprocas
Por CartaCapital
Alckmin não descarta reciprocidade, mas defende diálogo com EUA para derrubar tarifas impostas por Trump
Por CartaCapital
Como o primeiro-ministro indiano tenta evitar a fúria comercial de Trump
Por CartaCapital
Na mira de Trump, exportação de etanol aos EUA gerou US$ 203 milhões ao Brasil em 2024
Por Wendal Carmo



