O oposicionista Juan Guaidó testa neste sábado 23 a força do presidente venezuelano Nicolás Maduro. A data tem vários simbolismos. É quando expira o prazo dado por Guaidó para que o país libere as fronteiras para a entrada de ajuda internacional. E é quando se completa um mês desde que o líder da Assembleia se autodeclarou presidente.
O adversário de Maduro cruzou, na noite de sexta-feira 22, a fronteira da Venezuela com a Colômbia, indicando ter contado com a ajuda de militares – grupo que, em maioria, segue dando suporte para manter Maduro no poder, a despeito de massivas insatisfações populares.
Agências internacionais apontam que pelo menos quatro integrantes da guarda bolivariana de Maduro desertaram entre ontem e hoje.
A intenção de Guaidó é conseguir a abertura das fronteiras, fechadas por ordem de Maduro desde a quinta-feira, e a liberação das ajudas vindas especialmente dos Estados Unidos, mas com ajudas de Brasil, Chile, Paraguai e Colômbia. Mais que a passagem de alimentos e medicamentos, o ato significará uma vitoria política do oposicionista, que o presidente cozinha em banho-maria.
Do lado brasileiro, o chanceler Ernesto Araújo concedeu entrevista no início da manhã manifestando total apoio do governo bolsonarista a Guaidó. Ele está em Roraima, perto da fronteira da Venezuela, onde caminhões com ajudas humanitárias aguardam para entrar no país.
Enquanto as tensões crescem entre líderes políticos, a população se exalta. Há relatos de conflitos de populares com forças de segurança em pontos próximos da fronteiras venezuelana com a Colômbia.
Este sábado é apontado como data-chave para o futuro da Venezuela.
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