Mundo
Grupo Estado Islâmico reivindica atentado perto do aeroporto de Cabul
O comunicado só mencionou um atacante suicida e uma explosão. O Pentágono, no entanto, informou sobre dois atentados suicidas


O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria de um atentado mortal nesta quinta-feira 26 perto do aeroporto de Cabul, durante a operação liderada pelos Estados Unidos para retirar civis do Afeganistão, após a tomada do poder pelos talibãs.
O EI informou que um dos seus combatentes cruzou “todas as fortificações de segurança” e se aproximou a “cinco metros” das forças americanas antes de detonar seu cinto de explosivos, reportou a agência de propaganda do grupo jihadista Amaq, segundo uma tradução do SITE Intelligence Group, que monitora as comunicações de grupos extremistas islâmicos.
O comunicado só mencionou um atacante suicida e uma explosão. O Pentágono, no entanto, informou sobre dois atentados suicidas seguidos de disparos em Cabul. Os Estados Unidos ameaçaram o EI de represálias.
Os ataques deixaram pelo menos de 13 a 20 mortos e 52 feridos, disse à AFP o principal porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid. Um funcionário do antigo governo afegão disse que o número de mortos poderia chegar a 60.
O braço afegão do EI, conhecido como Estado Islâmico na província de Khorasan (EI-K), se consolidou em 2015 na província de Nangarjar, no leste do Afeganistão, mas tem estado sob pressão nos últimos anos pela coalizão liderada pelos Estados Unidos, o exército afegão e os próprios talibãs.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.