Mundo
Grupo Estado Islâmico confirma a morte de líder e aponta substituto
O novo líder assume as rédeas do EI no momento em que o grupo está enfraquecido por sucessivas ofensivas apoiadas pelos EUA para impedir o ressurgimento dos jihadistas
O grupo extremista Estado Islâmico (EI) confirmou, nesta quinta-feira (10), a morte de seu líder, Abu Ibrahim Al-Qurachi, e já nomeou um sucessor, de acordo com um comunicado divulgado pelo grupo extremista no Telegram. A confirmação veio pouco mais de um mês depois que os Estados Unidos anunciaram a morte do líder jihadista em uma operação na Síria.
Os extremistas do EI juraram sua lealdade a seu novo chefe, “Abu Hasan al-Hashemi al-Qurachi, emir dos crentes e califa dos muçulmanos”, declarou um porta-voz do grupo, Abu Omar al-Muhajir, em uma gravação de áudio em que confirmou a morte do ex-chefe e também do porta-voz oficial do EI, Abu Hamza al-Qurachi.
Em 3 de fevereiro, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou que o ex-líder do EI havia se explodido durante uma operação das forças especiais norte-americanas, no noroeste da Síria, uma área sob controle jihadista.
O novo chefe da organização sunita radical é pouco conhecido e o comunicado de imprensa do grupo não dá mais detalhes sobre a sua identidade. De acordo com a gravação do EI, a nomeação de Abu Hassan al-Qurachi como sucessor foi aprovada por Abu Ibrahim antes de sua morte, sendo a nomeação confirmada pelos líderes do grupo.
Ele assume as rédeas do Estado Islâmico no momento em que o grupo está enfraquecido por sucessivas ofensivas apoiadas pelos Estados Unidos para impedir o ressurgimento dos jihadistas.
Ascensão e queda
Após uma ascensão meteórica ao poder, em 2014, no Iraque e na vizinha Síria, e a conquista de vastos territórios, o EI viu seu autoproclamado “califado” perder força, após sucessivas ofensivas nesses dois países.
Em 2019, o EI foi derrotado pelas Forças Democráticas Sírias, dominadas pelos curdos e apoiadas pela coalizão internacional, na Síria, expulsando o grupo extremista de seu último reduto em Baghouz, na província de Deir Ezzor, no leste do país.
Porém, o Estado Islâmico ainda “mantém uma presença clandestina no Iraque e na Síria e lidera a insurgência em ambos os lados da fronteira entre os dois países”, aponta um relatório das Nações Unidas publicado no ano passado. A organização jihadista manteria “um total de 10.000 combatentes ativos” nesses dois países, de acordo com a ONU.
Na Síria, país atualmente fragmentado e onde intervêm diferentes protagonistas, a guerra já matou cerca de 500.000 pessoas, desde 2011.
(Com informações da AFP)
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