Grupo de hackers ‘mais prejudicial’ do mundo é desmantelado por operação policial internacional

Grupo Lockbit fez "milhares de vítimas em todo o mundo" e causou perdas que totalizam bilhões de dólares

Apoie Siga-nos no

Autoridades de vários países anunciaram nesta terça-feira (20) o desmantelamento do grupo de cibercriminosos LockBit, apresentado como o “mais prejudicial” do mundo, durante uma operação policial internacional.

A Agência Nacional do Crime (NCA, na sigla em inglês) britânica afirmou em comunicado que, “depois de infiltrar-se na rede do grupo, a NCA assumiu o controle dos serviços do LockBit, comprometendo toda a sua operação criminosa”.

De acordo com o órgão, o grupo fez “milhares de vítimas em todo o mundo” e causou perdas que totalizam bilhões de dólares.

“Hackeamos hackers”, disse o diretor-geral da NCA, Graeme Biggar, em uma coletiva de imprensa em Londres.

Segundo os Estados Unidos, o LockBit recebeu mais de US$ 120 milhões (cerca de R$ 594,9 milhões) em resgates.

“Este site está agora sob controle das forças da ordem”, indicava uma mensagem em um site do LockBit, na qual indicava que a NCA britânica teria assumido o controle do site, em cooperação com o FBI dos Estados Unidos e agências de vários países.


“Podemos confirmar que os serviços do LockBit estão sendo interrompidos devido a uma operação policial internacional em curso”, acrescenta a mensagem.

Em novembro de 2022, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos classificou o malware – software malicioso – do LockBit como o “mais ativo e destrutivo das variantes no mundo”.

O LockBit focou em infraestruturas críticas e grandes grupos industriais, com demandas de resgate variando entre US$ 5,4 e 75,4 milhões (entre R$ 26,7 e 373 milhões).

Em 2023, o grupo atacou o serviço postal britânico e um hospital infantil no Canadá.

De acordo com um site das autoridades dos Estados Unidos, que faz referência a meados de junho e utiliza dados do FBI, o grupo realizou mais de 1.700 ataques contra vítimas nos Estados Unidos e no mundo (Austrália, Canadá e Nova Zelândia, entre outros).

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.